CARM – Casa Agrícola Roboredo Madeira, Lda.
Rua da Calábria – 5150-021 Almendra (V N Foz Côa)
PORTUGAL
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A EMPRESA
CARM – Casa Agrícola Roboredo Madeira, Lda é uma empresa estritamente familiar, tendo a família que lhe deu origem a sua actividade documentada desde meados do séc. XVII. A actividade agrícola esteve desde sempre centrada, na região em que o rio Douro inicia o seu trajecto exclusivamente no território Português, onde também tem início a mais antiga região demarcada do mundo – A Região Demarcada do Douro e do Vinho do Porto.
O objectivo sempre foi o de produzir azeites e vinhos de alta qualidade, unicamente a partir de azeitonas e uvas das quintas, cerca de 220 ha de olival e 62 ha de vinha situadas em redor da vila de Almendra, na mais nobre zona do Douro Superior englobada na Reserva Arqueológica do Vale do Côa. A lavoura das quintas é, na sua quase totalidade, feita sob modo de produção biológico segundo o regulamento comunitário n.º 2092/91.
As características dos solos, muito pobres e de origem xistosa, com elevados declives, conjugados com a rudeza do clima, caracterizado por elevadas amplitudes térmicas e uma reduzida pluviosidade (cerca de 400 mm por ano), condicionaram, ao longo dos séculos, as culturas tradicionais desta região.
Já no séc. VIII, os registos históricos apontam as culturas da vinha, do olival e do amendoal como as únicas naturalmente adaptadas às características muito agrestes da região.
A Adega – No ano de 2004 a CARM construiu a sua nova adega, dando assim um passo importante na perseguição dos seus objectivos. A sua localização, em plena Quinta das Marvalhas – Almendra, na fronteira com o Parque Natural do Douro Internacional, assegura uma das mais espectaculares e impressionantes vistas sobre o Douro Superior. Equipada com a tecnologia mais recente, será sem duvida uma ferramenta indispensável à expressão das melhores características do nosso encepamento.
Quinta das Marvalhas – A Adega
A escolha da localização da Adega, na Quinta das Marvalhas obedeceu fundamentalmente a dois factores; o facto de esta quinta estar numa posição relativamente central em relação às vinhas da CARM, permitindo assim um transporte rápido e eficaz das uvas na altura da vindima, mas também o facto de estar situada a 400 metros de altitude, com exposição nascente norte, minimizando deste modo a nefasta influência das altas temperaturas no período de verão (altura em que facilmente se verificam 45 a 48 ºC. à sombra).
O laboratório analítico e a linha de enchimento e rotulagem, conferem a esta adega a autonomia necessária ao controlo eficaz de todo o processo produtivo
AS QUINTAS
QUINTA DA URZE
Nas arribas da Ribeira de Aguiar, em frente dos penhascos onde, se situa uma antiga pedreira romana e ainda hoje faz ninho a águia real, situa-se esta quinta, sede da exploração agrícola que engloba propriedades próximas, com um total de 190 hectares, todas em solos xistosos com características semelhantes.
As vinhas encontram-se a uma altitude média de 320 m e a sua exposição a nascente abriga-as dos excessos climáticos da região, permitindo a produção de uvas que dão origem a vinhos aromáticos e elegantes. Na totalidade são cerca de 14 ha das castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Tinta Amarela e ainda um pequeno campo de clones seleccionados das mais famosas castas internacionais.
Os olivais são de variedades Madural e Negrinha autóctones da região, quase todos centenários, perfazendo uma área de 107 ha.
Nas antigas casas da Quinta, de meados do Séc. XIX, encontra-se uma das antigas adegas da CARM, com os seus lagares em granito com cerca de 40.000 Kgs de capacidade de fermentação.
Os mostos eram conduzidos por gravidade, em canais rasgados na pedra, para os velhos tonéis onde era feita a aguardentação, em armazém baixo dos lagares. Estes lagares não são usados há já duas décadas, os difíceis acessos e isolamento tornaram a adega inoperacional a nível logístico.
QUINTA DAS VERDELHAS
Esta Quinta tem alguns dos seus terrenos na margem esquerda do Douro, na suave curva das águas, no sitio de São Cibrão.
Com uma área de 45 ha, tem 14 ha de vinhedos das castas Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca, 17 ha de olival centenário e cerca de 10 ha de amendoal autóctone , todos implantados em solos xistosos, com exposições nascente, sul e poente, a altitudes variáveis de 125 a 270 m.
Perto das vinhas, na zona de Aldeia Nova, encontram-se as ruínas de uma villa romana, que se presume ser dos Séculos III a IV d.c. e onde se identificam claramente os restos de um lagar de vinho (particularmente dois tanques revestidos a opus signinum, argamassa impermeabilizante feita à base de cerâmica em pó). De acordo com recentes investigações arqueológicas supõe-se ter tido este sítio intensa ocupação entre os séculos III e IV.
Das vinhas da CARM esta será porventura a implantada em solos mais pedregosos tendo até sido necessário, aquando da plantação, trazer terra de outras quintas para a plantação dos bacelos.
QUINTA DE CALABRIA
A cidade de Calabria, que se diz fundada por Trajano ou Theodozio, foi sede de Bispado durante o império Visighotico e, sob o domínio dos Suevos. Sem que disso exista qualquer registo histórico, supõe-se que com a invasão dos Sarracenos, desapareceu, havendo dela somente alguns vestígios das muralhas. Erguia-se no topo do monte, nas encostas do qual se situa esta quinta.
Paisagem agreste, com o mistério histórico latente, nela se produzem reputados vinhos e dos melhores azeites e vinhos da CARM.
A quinta tem 49 ha, implantados em solos xistosos, com exposição a Sul/Poente e a altitudes variáveis de 150 a 280m.
Os vinhedos, com a área de 14 ha, foram plantados em meados da década de 80, com as castas Touriga Nacional, Touriga Francesa e Tinta Roriz.
Os olivais e amendoais, de castas autóctones, (Madural os primeiros e Casanova os segundos) são antigos, com áreas de 10 e 21 ha, respectivamente.
QUINTA DO BISPADO
Como a Quinta de Calabria, situa-se no sopé do monte Calabre, onde no topo se situava a cidade do mesmo nome, sede de Bispado no reinado Visighotico.
A exploração engloba propriedades próximas, com um total aproximado de 45 ha de solos xistosos, expostos a sul e nascente, entre as altitudes de 125 a 170 m.
Os 7 hectares de vinhedos foram plantados em meados da década de 80, com as castas tradicionais do Douro, Touriga Nacional, Tinto Cão, Souzão, Touriga Franca e Tinta Roriz.
Os 27 ha de olival e 3 de amendoal são povoados com árvores na sua maioria centenárias e de variedades autóctones, Madural, Negrinha e Verdeal nos primeiros e Casanova, no amendoal.
QUINTA DO CÔA
Esta quinta abrange as propriedades da CARM situadas entre Almendra e as margens do rio Côa; os terrenos, cerca de 80 ha, são xistosos, expostos a nascente e sul a uma altitude variável dos 130 aos 300 m.
A vinha ocupa 11 ha – 8 ha de vinha velha plantada na década de 60 e 3 ha de clones seleccionados de Touriga Nacional plantados em 1995; o olival 22 ha (das variedades Negrinha e Madural) e o amendoal 21 ha (Casanova e Verdeal).
A quinta situa-se num dos Ex-libris mundiais da Arte Rupestre, o vale do Côa – afluente do Douro.
A descoberta deste núcleo evidenciou a existência na região de povoamentos criativos e fecundos no período Paleolítico, remontando os mais antigos até 25.000 anos antes da nossa era.
Os vinhos, azeites e amêndoas desta quinta, todos obtidos estritamente a partir de variedades autóctones da região, são herdeiros desse património artístico, conjugando o substracto histórico com a qualidade e exigência só possíveis graças á melhor tecnologia actual.
FONTE: CARM
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