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No Concelho de Sintra, situa-se uma pequena zona vitícola, que produz um vinho de cor rubi, mas que, com o envelhecimento, ganha um aveludado e bouquet excepcionais.
È muito antiga a cultura na região, data de 1255.

O vinho de Colares só atinge a sua máxima qualidade passados vários anos, embora o estágio mínimo seja de 18 meses. Dado o longo estágio a que o vinho é obrigado, a comercialização é muito limitada, podendo a região de Colares tornar-se uma espécie de santuário para os conhecedores deste vinho.

As vinhas desta região apresentam características muito peculiares devido à sua proximidade do mar e ventos marítimos muito fortes.

Colares, pela sua natureza geológica, divide-se em duas sub-zonas: “chão de areia” (região das dunas) e “chão rijo” (solos calcários, pardos de margas ou afins). As características únicas do vinho de Colares devem-se às castas, solo e clima temperado e húmido no Verão e, ainda, ao facto de 80% da vinha estar instalada em “chão de areia”, respeitando a prática tradicional de “unhar” a vara de “pé franco” no estrato subjacente à camada de areia.

A área geográfica correspondente à Denominação de Origem “Colares” situa-se no concelho de Sintra, entre a Serra de Sintra e o Ocaeno Atlântico, numa zona junto ao mar, compreendendo as freguesias de Colares, São Martinho e São João das Lampas.

Fachada

BREVE HISTÓRIA SOBRE COLARES

Conquista aos Mouros por D. Afonso Henriques em 1147, a vila de Colares gozava já de grande importância pois é mencionada independente de Sintra.

Numerosos documentos atestam a presença de vinha na região aquando da fundação da Nacionalidade (séc. XII), entre os quais se encontra a carta foral de Sintra.

Pensa-se que a introdução da casta “Ramisco” na região se deve ao rei D. Afonso III (séc. XIII), que a teria trazido de França. O grande enólogo Ferreira Lapa afirma que “o Colares é o vinho mais francês que possuímos”. O rei D. Dinis (séc. XIII-XIV) aplicou aos mouros, donos das terras de Colares, um tributo no qual se inclui uma quarta parte da produção de vinho da região. A primeira exportação de vinho de Colares, documentada, efectuou-se no reinado de D. Fernando I (séc. XIV). D. João I (séc. XIV-XV) ofereceu esta região a D. Nuno Alvares Pereira como recompensa pela vitória de Aljubarrota.

No séc. XVI a produção de vinho da região era suficiente para dar resposta ao consumo nacional.

Nas viagens à Índia (séc. XVI) o vinho de Colares era um dos preferidos pela sua longevidade.

A casta “Ramisco” foi descrita pela primeira vez em 1790. Em 1865 verificou-se no norte do país a entrada da filoxera; em Colares, as castas instaladas em solo arenoso resistiram a esta praga, facto que contribuiu muito para o incremento da vinha, ainda hoje instalada sem recorrer aos porta-enxertos americanos.

No início do século XX o rei D. Manuel II distingue a região vitivinícola de Colares concedendo-lhe o estatuto de Região Demarcada.

Em 1931 foi fundada a Adega Regional de Colares que actualmente reúne mais de 50% da produção da região e mais de 90% dos produtores. O Edifício é imponente, o seu interior é deslumbrante pela sua dimensão e número de tonéis que alberga, constituindo a zona de estágio e envelhecimento em madeira por excelência, desta Região Demarcada. Esta adega cooperativa sempre foi considerada um cartão de visita nacional. Por lá têm passado destacadas figuras da política e da cultura nacional e internacional, principalmente em refeições,  festas, provas de vinho, etc., que ainda actualmente se organizam na sua nave principal.

Presentemente a região vitícola corre riscos de extinção que se prendem com a sua proximidade de Lisboa e consequentemente, com os efeitos da pressão urbanística que sobre ela se faz sentir. A esta realidade juntam-se os elevados custos de plantação e de manutenção que, aliados a uma baixa produção por hectare (inferior a 2 toneladas), levam os viticultores a canalizar os seus esforços no sentido da vinha convencional, na região designada por “chão rijo”.

fontes: Roteiro Gastronómico de Portugal (http://www.gastronomias.com/vinhos/colares.htm), do site http://colares.blogs.sapo.pt/79432.html ( Crítica de Rui Falcão, no jornal OJE, dia 20/06/2007) e do site da Confagri (http://www.confagri.pt/Sites/Entidade/Colares/Historial/).