Vinhos das Ilhas de Bruma
É difícil afirmar, com precisão, qual a procedência das primeiras cepas açorianas, e quando foram introduzidas na região, pois as opiniões são divergentes, mesmo contraditórias.
Macedo (1981), referindo-se à introdução da vinha, diz-nos: “… consta que os primeiros bacelos de vinha vieram da ilha de Chipre para as ilhas de S. Jorge e Pico em 1470…” no entanto Lima (1943), ao abordar o mesmo assunto na ilha do Pico, afirma-nos: “Consta que os primeiros bacelos vieram da ilha da Madeira, opinião esta compartilhada por Rebelo (1885) que nos conta: “Dizem que foi um padre, Fr. Pedro Gigante, que há muitos anos introduziu no Pico, nos terrenos mais propnos para semelhante cultura, alguns bacelos de vinha proveniente da ilha da Madeira.”.
Contudo, segundo Avellar (1902): “A vinha não esqueceu os primeiros colonos, procurando para a sua plantação os terrenos mais apropriados, ingratos à cultura dos cereais”.
Diversas referências a esta cultura, bem como a algumas das suas produções, nas diferentes ilhas dos Açores, no século XVI, podem ser encontradas em Frutuoso (1963). Assim ao descrever a ilha de Santa Maria, o autor comenta a cultura da vinha ao longo de quase todo o litoral, mencionando os locais onde esta se fazia: “… ladeiras lançantes e pouco íngremes em que se fazem searas pelas faldras, e no mais são plantadas de vinhas.”, falando da sua produção diz-nos: “Todas estas vinhas darão cada ano cem pipas(1) de vinho, das melhores uvas que há nas ilhas, … , donde sai muito vinho porque não há alqueire de vinha que não dê uma pipa de vinho e mais.”
Sobre a ilha de S. Miguel, o mesmo faz várias referências a esta cultura implantada por toda a ilha, uma delas ao falar do porto de Vale de Cabaças: “… vale e fajã de terra chá e rasa com o mar, cercada de rocha e ladeiras de Muitos moios(2) de terra e biscoito(3) de pedra que serviam para vinhas.” e prosseguindo em relação à Vila da Lagoa: “Tem por granjearia esta vila trigo e pastel e vinhas, que são muitos e, depois dos da Povoação Velha, comummente, os melhores de toda a ilha, de que se recolhem, uns anos por outros, mais de seiscentas pipas, em cada ano.”. Quanto à produção de vinho nesta ilha, diz-nos: “Deu esta ilha, em ano de boa novidade perto de duas mil pipas de vinho, setecentas na cidade, outras tantas na vila da Alagoa, quatrocentas na Ribeira Grande, e as mais no Nordeste e Povoação, e em toda a ilha. Agora, em bom ano, dá cinco mil pipas.”.
À semelhança destas ilhas, também o autor nos deixou importantes notas, sobre as outras do arquipélago.
Na Terceira, falando da zona do Porto Martins até à Ribeira Seca: “… todos estes dois terços de légua de costa são de biscoito, todo plantado de pomares e vinhas, …” e da Serreta: “… aqui está uma quantidade de biscoitais no meio da terra como oito ou dez moios, que dá muito vinho e fruta de toda a sorte.”. No entanto no que respeita à ilha da Graciosa, encontramos apenas uma nota, que confina a vinha às proximidades da Praia.
Da ilha de S. Jorge, salienta a zona que se estende das Manadas à Ribeira do Nabo, como sendo: “… terras de biscoito que mais dão vinho que pão,…” e algumas fajãs: “… dá muito pão e vinho, …” e “… agora dá muitos vinhos.”.
(1) – 1 pipa = 480 litros
(2) – 1 moio = 60 alqueires
1 alqueire de vara pequena = 968 m2
1 alqueire de vara grande = 1393 m2
(Em todas as ilhas da região é utilizado o alqueire de vara pequena, à excepção de S. Miguel que utiliza os dois). (3) – Solo constituído fundamentalmente por escória vulcânica desagregada. Descrevendo a ilha do Pico, refere-se, por diversas vezes, às suas vinhas e respectivas produções. Falando de Santa Bárbara: “… na qual há muita quantidade de vinhas, que darão cada ano mil e duzentas pipas de bom vinho.”, da Vila das Lages: “Há nesta freguesia muitas vinhas que vão em muito crescimento, e ainda: “… muitas pipas de vinho, por se darem na mesma freguesia da Vila de S. Roque mais de setecentas dele cada um ano;”
Quanto ao Faial, citamos uma passagem referente ao porto de Castelo Branco e que sintetiza a situação da viticultura da ilha nesta época: “… onde vão ter algumas caravelas e desembarcar barcos, e, havendo vinhos, como estão algumas vinhas principiadas, se podem carregar nele; mas a causa de não haver vinhas na ilha, sendo a terra muito boa para isso, é de não se darem os moradores a plantá-las e essas que principiavam destruiam alguns coelhos e gados e furtavam.”.
Como podemos ver através do autor citado, a vinha era apenas cultivada em terrenos não propícios à cultura dos cereais, nomeadamente o trigo, e do pastel, este último de grande importância e a principal exportação destas ilhas.
Sendo esta região de origem vulcânica, e havendo ainda, nos primeiros séculos de povoamento, muitas manifestações desta natureza, facilmente se deduz que não faltavam locais onde a viticultura se pudesse implantar.
Constatamos que, até meados do século XIX, as castas cultivadas na região eram europeias, merecendo uma delas, o Verdelho, o consenso dos historiadores como sendo a mais referenciada e com maior expressão.
Costa (1845) diz-nos em relação à ilha Graciosa: “As vinhas são geralmente de verdelho, qualidade mais saborosa, e de melhor proveito. Aparecem alguns pés de alicante, de mourata, saborim, moscatel, ferral e dedo de dama, mas em pequena quantidade.”.
Também Avellar (1902), menciona as castas cultivadas na ilha de S. Jorge: “Das diferentes castas de uva, as de melhor qualidade em vinho e produção eram o verdelho e o terrantez, de que ainda restam algumas plantações. Outras havia, como: o bastardo, moscatel, tinto e boal, mas em pouca abundância e algumas delas apenas para mesa.”.
No que diz respeito à produção e comercialização do vinho, convém distinguir dois períodos distintos: o primeiro até meados do século XIX, aquando do aparecimento do oídio na região, e o segundo a partir dessa data.
A produção de vinho nos Açores foi crescendo ao longo dos anos, apesar do problema da safra e contra safra, se verificar (Pereira, 1984).
Recorramos a Cordeiro (1981) para visualizar genericamente como se apresentava a viticultura na região, no início do século XVIII. Sobre Santa Maria diz-nos: “Vinho tem sem necessitar de fora.” e de S. Miguel: “… porque desta ilha o vinho é bom, e chega a dar dele cinco mil pipas referindo-se à Terceira: “De vinho é fértil, mas a gente tanta, e tam grande de fora o concurso, que nem para a ilha basta o vinho dela, nem é o melhor; mas excelente lhe vem da ilha do Pico, do Faial, e de S. Jorge, com que abunda não só para si, mas para as naus da India, armadas e frotas, que a proversse vão ali, como também às contínuas embarcações estrangeiras, …”à Graciosa e a S. Jorge, respectivamente: “…produz grandes quantidades de vinho …”, e, “É vinho tanto que dá três mil pipas de vinho cada ano, e em alguns mais.”. Ao falar do Faial escreve: “São poucas as vinhas nesta ilha, … , por ter junto de si a grande ilha do Pico, que se pode chamar a mãe do vinho.”, em relação ao Pico: “O maior fruto, e o mais célebre desta grande ilha do Pico é o seu muito, e excelente vinho, …”.
Sousa (1822) refere quantidades de vinho exportadas destas ilhas e os seus principais destinos, sendo: a Inglaterra com duas mil pipas de vinho e mil de aguardente, o Brasil com quatro mil pipas de vinho e duzentas de aguardente, os Estados Unidos com quatro mil pipas de vinho e duzentas de aguardente, e por fim, Hamburgo, Rússia e França com um total de seis mil pipas de vinho.
Sem querer menosprezar as restantes ilhas destaco Graciosa, S. Jorge e Pico, por estas terem tido um papel mais relevante na produção e exportação destes produtos, antes do aparecimento do oídio.
Sobre a ilha Graciosa, diz-nos Moniz (1883): “A colheita da ilha nunca foi inferior a 500 pipas, devendo notar-se que nos anos de grande abundância produz mais de 10 000 pipas, como sucedeu em 1836, 1851 e 1852. A produção vinícola regular era computada sempre entre 6 000 a 7 000 pipas, …”.
De início, a vinha aproveitando, quase exclusivamente, os terrenos de biscoito”, destinava-se ao autoconsumo da ilha, depois, desde meados do século XVII até cerca de 1840, surge a ocupar os terrenos lavradios, como documenta Costa (1845): “A sua cultura é uma das maiores da ilha, e o ramo mais interessante da sua agricultura, que tem merecido sempre os mais sérios cuidados dos lavradores. A sua despeza com pouca diferença saem das lenhas que as mesmas vinhas produzem: a sua produção é muito variável e precária, no entanto as vinhas da Graciosa produzem mais que as das outras ilhas, porque foram quase todas plantadas em terras, que noutro tempo eram lavradas.”.
O vinho da Graciosa foi reputado de mau, contudo, tudo leva a crer que a qualidade deste só tenha diminuído, devido ao facto da sua maior parte ser exportada sob a forma de aguardente, o que levou os viticultores a descurar tanto o estado das uvas, aquando das vindimas, como o próprio vinho (Costa, 1845).
Ferreira (1968) apresenta-nos algumas razões que justificam a exportação sob a forma de aguardente: “As razões porque se não exportava o vinho deduzem-se facilmente: por um lado, sofreria desvantajosamente a concorrência dos vinhos do Pico e do Continente de melhor qualidade; por outro lado, sendo de fraca concentração alcoólica, estava sujeito a perder-se ao ser transportado a longa distância; além disso, o transporte da aguardente estava facilitado pela redução do volume.”.
Em relação à ilha de S. Jorge, apesar de haver anos em que esta teve de importar vinhos para o consumo interno, como aconteceu em 1570, também é verdade que logo no ano seguinte a sua produção foi, não só suficiente para o autoconsumo, como também o excedente exportado.
A viticultura assumiu, desde sempre, um papel importante na economia jorgense. A produção da ilha atingiu bons níveis e a sua exportação iniciou-se bastante cedo (Avellar, 1902).
Silveira (1927) dá-nos uma ideia mais clara da produção: “A viticultura jorgense chegou a colher nos anos normais umas 10 000 a 12 000 pipas de vinhos brancos, …”, bem como dos mercados para onde esta era exportada: “…para Inglaterra e Brasil, além dos habituais fornecimentos que fazia a S. Miguel e à Madeira, …”
Encontramos vereações da Câmara de Velas a proibir a importação de vinho do Pico, que seria lotado com o daquela ilha por especuladores, deteriorando a qualidade do vinho de S. Jorge. Em contrapartida, a Câmara da Horta, tomou idênticas medidas em relação aos vinhos de S. Jorge, pela mesma razão da de Velas, para não denegrir o vinho do Pico.
Enfim, cada um tentava defender-se menosprezando o outro, mas a qualidade do vinho jorgense impôs-se por si própria.
Segundo Macedo (198 1) já na primeira metade do século XVI o Pico exportava vinho. Em 1670, foi a Câmara da Horta autorizada pelo príncipe regente a enviar anualmente um navio com vinho para o Brasil, mas achando isto insuficiente, em 1735, os lavradores, pediram um alargamento deste comércio.
Quanto às quantidades de vinho produzido pela ilha do Pico, Rebelo (1885) diz-nos: “A colheita regular do vinho antes da moléstia orçava de umas doze a quinze mil pipas anualmente, havendo, porém, anos de tão extraordinária produção que chegou a render vinte e cinco mil.”. A moléstia a que se refere o autor é o oídio.
Foi sem dúvida, esta ilha, que maiores quantidades de vinho produziu, e que, pela sua excelente qualidade, granjeou fama muito além fronteiras.
Sousa (1822) refere a exportação dos vinhos brancos do Pico no montante de doze mil pipas. Quanto aos principais destinos deste produto, Lima (1943) afirma-nos que a exportação se fazia principalmente para a Inglaterra, em menores quantidades para a Alemanha, Rússia e Brasil, e em muito reduzida escala para o Continente.
Quando a viticultura açoriana se encontrava numa aprasível situação, eis que em meados do século XIX, surge o Oidium tuckeri, vindo da América, que atacou impetuosamente as vinhas europeias, começando a decrescer vertiginosamente a produção de vinho, como nos documenta Moniz (1883): “… cuja produção desde 1853 muito tem diminuído em razão dos estragos causados nas vinhas pelo oídio.” e também Macedo (1981): “… até que em 1853 o oídio destruidor lhe veio aniquilar este manancial de riqueza, …”.
Foi por esta época que chegou aos Açores a vinha americana da espécie Vitis labrusca , designada por “uva de cheiro”, como nos conta Avellar (1902): “A vinha Izabel, ou de cheiro, foi introduzida nos Açores pelo Senhor António Borges da Câmara Medeiros, actual Marquês da Praia e Monforte, que no inverno de 1853 a 1854 (de Outubro a Março) estando em Paris, encarregou o Senhor Francisco José Gabriel, horticultor belga, seu companheiro, de fazer uma das mais belas colecções de plantas exóticas que de uma vez só veio para S. Miguel, passando de mil exemplares. Nesse número veio também a vinha Izabel, como planta exótica, … , esta espécie foi plantada na ilha do Pico por ocasião de dar à costa no mês de Janeiro de 1856, no Cais do Mourato, da dita ilha, o galera americano Revens Wood, em viagem de França.”.
Verificou-se que esta nova casta era resistente ao oídio, daí o interesse demonstrado pelos viticultores micaelenses e a criação de uma comissão vinícola, com objectivo de desenvolver esta nova faceta da viticultura nos Açores. Para conhecer o desenrolar deste acontecimento, passamos a citar Almeida (1887): “Organizou-se uma comissão vinícola em Ponta Delgada composta de cavalheiros competentes, a qual pela Junta Geral de Distrito, mandou vir, com o intuito de aperfeiçoar e um tipo para o vinho de produção da videira Izabel, um prático de França.
Em resultado desta apreciada deliberação chegou a oito de Agosto de 1886, à ilha, Mr. Alphonse Chaume, começando no dia quinze de Setembro os trabalhos de fabricação. Estabeleceu-se uma adega apropriada no centro da cidade e muitos proprietários de vinhedos enviaram o seu produto, para ser convenientemente fabricado.
Procedeu-se à transfega, apurou-se que o seu produto satisfaz aos requisitos, o que é muito agradável, porque realmente a indústria vitícola traz uma alegre e bem compensada lida.”.
O mesmo autor refere também o que se passou no Brasil, transcrevendo o folheto divulgado pela firma “Gil e Cª”, estabelecida na capital daquele país, onde são feitos elogios a este vinho, denominado de “Açor”. Foi sem dúvida este país, com as suas importações de vinho de cheiro, que fez com que os viticultores micaelenses se entusiasmassem e iniciassem uma nova era da produção vitivinícola.
Também na ilha do Pico se desenvolveu a cultura desta nova espécie vitícola, corno nos conta Avellar (1902): “Foi então plantada na dita ilha do Pico até que o senhor Manuel Maria da Terra Brum, estudando a sua cultura e fabrico do vinho a desenvolveu nas suas propriedades, facto que outros muitos proprietários repetiram, do que resulta a ilha do Pico produzir hoje alguns milhares de pipas de vinho de cheiro, …”.
Mas as adversidades a esta cultura não se ficaram pelo oídio, no último quartel do século XIX, quando este começava a ser combatido com o uso do enxofre, surgiu nova calamidade de origem entomológica, denominada filoxera e provocada pela Phy11oxera vastatris.
A introdução deste insecto fez-se através de castas provenientes da América, importadas com o intuito de substituir as europeias muito sensíveis ao oídio.
A filoxera foi o ataque final das castas europeias, que já não se encontravam nas melhores condições, não poupando também a “vinha de cheiro”.
Os viticultores tentaram superar a sua precária situação, recorrendo cada vez mais aos produtores directos, por serem menos sensíveis às doenças, mais fáceis de cultivar e mais produtivas.
As áreas de Verdelho cada vez se tornaram menores, embora não completamente extintas. Lima (1943) refere a situação da viticultura no Pico, dizendo-nos: “Actualmente apenas uma breve faixa litoral desses campos ressequidos de lava é aproveitada no amanho de algumas videiras, pouco do antigo verdelho, a maior parte de uma casta americana denominada Izabel, produzindo o vinho medíocre, conhecido por vinho de cheiro, …”.
Decorrente da situação atrás descrita, surgiu, a partir do final da década de 80 a necessidade de relançar esta cultura de forma a repor os mercados outrora existentes e simultaneamente defender as populações rurais ligadas à actividade vitivinícola.
Neste sentido, foram definidos objectivos e prioridades que se traduziram pelas seguintes medidas: – programas de ajudas ao investimento: Programas de ajudas ao rendimento; Criação de Zonas Demarcadas; Criação da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores.
As ajudas ao investimento resultaram em aumentos significativos da área reestruturada que, até ao momento, permitiu, numa primeira fase, relançar a cultura nas ilhas com maior tradição – Terceira, Graciosa e Pico.
Um dos principais problemas estruturais deste sector, nesta Região, e a pequena dimensão das parcelas (a área média por exploração vitícola é de aproximadamente 0,3 ha) e a dispersão das mesmas, associado a um sistema de condução tradicional denominado “currais”, onde a vinha e conduzida no chão entre muros de pedra, o que exige elevada mão-de-obra, não permitindo a mecanização de algumas técnicas culturais.
Com o Decreto-lei n.º 17/94, de 25 de Janeiro, que aprovou o Estatuto das Zonas Vitivinícolas para a Região Autónoma dos Açores, foram consagradas três zonas de produção aptas a darem Vinhos de Qualidade.
Assim, foram estabelecidas as denominações de “Biscoitos” e “Pico” para os Vinhos Licorosos de Qualidade Produzidos em Região Determinada -VLQPRD – e “Graciosa” para os Vinhos de Qualidade Produzidos em Região Determinada – VQPRD. Decorrente da aprovação destas Regiões Demarcadas, surgiu a Comissão Vitivinícola Regional dos Açores (CVRAçores). No ano de 1997, a CVRAçores classificou os primeiros vinhos VQPRD e VLQPRD.
Em termos de unidades de transformação e comercialização, existe actualmente nos Açores a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico, a Adega Cooperativa da Ilha Graciosa e a Adega Cooperativa dos Biscoitos (na ilha Terceira), isto para além dos vitivinicultores que existem em nome individual.
Ainda em relação às prioridades dadas ao sector e de salientar que a Região Autónoma dos Açores tem ainda uma vasta área por reestruturar. Deste modo, estão a ser postas em pratica diversas estratégias de desenvolvimento delineadas para este sector, implementadas em diferentes ilhas e que no seu essencial se resumem à continuação do processo de reestruturação, reforço da experimentação, divulgação e vulgarização da experimentação efectuada, formação profissional a diferentes níveis, bem como a promoção e o apoio ao associativismo, assente na melhoria e modernização dos recursos técnicos, humanos e materiais das organizações de produtores.
Aguardemos melhores dias para esta cultura, que foi, incontestavelmente, uma fonte de riqueza destas ilhas.
Retirado de:
Goulart, Isabel M. (1991) – Contributo para o Estudo da Viticultura na Ilha do Pico. Relatório de final de curso de Licenciatura em Engenharia Agrícola, Universidade dos Açores. Angra do Heroísmo.
Anónimo (2001) – Inventário do Potencial Vitícola – Região Autónoma dos Açores. Direcção Regional do Desenvolvimento Agrário.
2 Comentários
TEIXEIRA, JOÃO LUIZ
3 anos atrásQue maravilha de texto…
Carlos Sintra
8 anos atrásEstou sempre a aprender…