Moimenta da Beira é uma vila portuguesa no Distrito
de Viseu, Região Norte e subregião do Douro, com
cerca de 2 400 habitantes.
É sede de um município implantado numa zona
granítica com 219,75 km² de área e 11 074
habitantes (2001), subdividido em 20 freguesias. O
município é limitado a nordeste pelo município de
Tabuaço, a sueste por Sernancelhe, a sul por Sátão,
a oeste por Vila Nova de Paiva e Tarouca e a
noroeste por Armamar.
A localização geográfica do concelho de Moimenta
da Beira, entre o vale do Douro, de clima tipicamente
mediterrânico e as terras altas da Beira Alta, de
clima de montanha, propicia a existência de
comunidades vegetais e animais variadas. Famosa
pela produção de vinho, de maçã, principalmente da
espécie “bravo esmolfe”(?), e, também, por ter sido o
concelho onde Aquilino Ribeiro viveu em várias
fases da sua vida, mais propriamente na pequena
aldeia de Soutosa.
Moimenta é palavra de origem Latina, do étimo
monumentum. Nos tempos proto-históricos, por aqui
se sepultavam pessoas importantes de dois povos
vizinhos, Caria e Leomil.
Quando o Senhor da honra de Caria, Egas Moniz,
povoou estes lugares, fixou nas terras das
“moimenta” alguns colonos de que nasceu um
pequeno povo, vila ou aldeia e “moimenta” passou a
ser Moimenta.
Nos velhos tempos, Moimenta era um lugar
insignificante da Honra e do concelho de Caria, ao
qual pertenciam também Aldeia Nacomba, Toitam e
Arcozelos. No século XV, não se sabe como,
Moimenta saí de Caria e, com os povos de
Paradinha, Cabaços e Baldos, forma a primitiva
freguesia de S. João Baptista de Moimenta. Mas só
em 1896 estavam definitivamente marcados os
contornos geográficos actuais do concelho de
Moimenta da Beira.
Passa então este concelho, Moimenta da Beira, a
ser constituído por 20 freguesias:
Aldeia de Nacomba, Alvite, Arcozelos, Ariz, Baldos,
Cabaços, Caria, Castelo, Sever, Leomil, Moimenta,
Nagosa, Paço, Paradinha, Peravelha, Peva, Sarzedo,
Segões, Vila da Rua e Vilar.
A maior parte da gente deste concelho vive
essencialmente da prática da agricultura tendo
como maior produção a maçã, batata e o vinho.
Economicamente nota-se um desenvolvimento no
concelho, hoje em dia vive-se também de exploração
agro-pecuária, construção civil, oficinas automóvel e
pequenas empresas instaladas no Parque Industrial
do concelho.
A sul, o território de Moimenta é formado pelo
planalto da Nave, este hoje dividido pelas serra de
Ariz, Peva, Peravelha, Alvite e Leomil.
Durante muitos anos a serra foi aproveitada pelas
cinco freguesias para pastoreio e corte de mato.
Hoje a serra produz batata de semente, e cereais,
alimenta vacas e cria animais selvagens sendo estes
motivo para que a serra seja procurada por muitos
caçadores da região.
O clima em Moimenta é um pouco rigoroso. Tem um
Verão com temperaturas agradáveis e o Inverno
muito rigoroso, com muitas geadas, dias de muita
chuva, muito vento e dias que se acorda com um
manto branco (neve).
É isto um pouco do muito que poderia dizer-se da
Terra e do Homem de Moimenta da Beira.
1111 AD – Situado na zona do planalto da beira Alta,
o povoamento primitivo desta região remonta ao
período Neolítico. Vários vestígios foram
encontrados na área do município, entre os quais se
destaca a Orca dos Juncais. Em 1111, o conde D.
Henrique e D. Teresa …O seu feriado municipal
celebra-se a 20 de Agosto. Situado na zona do
planalto da beira Alta, o povoamento primitivo desta
região remonta ao período Neolítico. Vários
vestígios foram encontrados na área do município,
entre os quais se destaca a Orca dos Juncais. Em
1111, o conde D. Henrique e D. Teresa concederam
carta de foral a Sátão.
Leomil uma das vinte freguesias do concelho de
Moimenta da Beira, foi fundada aos Mouros em
1112 pelo Conde D. Henrique.
De acordo com as inquirições dionisinas, este couto
possuiria juiz próprio ainda na segunda metade do
século XIII, e parece plausível a tradição segundo a
qual D. Dinis deu foral ao território em 1283. Leomil
viria a ser um dos maiores e mais importantes
coutos medievais, estendendo-se sobre
inúmeras terras progressivamente anexadas,
incluindo grande parte dos actuais concelhos de
Moimenta da Beira e Tabuaço.
Desde o tempo de D.Afonso I que a honra de Caria
englovava Penso, separado da honra de Fonte
Arcada pelo rio Távora em 23 de Maio de 1681 foi
instituído o Morgadio de Santissímo Sacramento pelo desembargador
André da Silva Mascarenhas vínculo quis mais tarde,
passou para a posse dos Viscondes de Moimenta da
Beira pertencentes a Caria até á entinção deste
Concelho e depois a Sernancelhe só no século 16 foi
elevado á freguesia de A-de-Barros povoação anexa
a Penso.
Tem o seu cume na freguesia de Leomil, concelho de
Moimenta da Beira, no Norte do distrito de Viseu.
Eleva-se esta interessante e graciosa serra entre os
rios Paiva e Távora e pertence ao Maciço
Galaico-Duriense. É o local de nascimento de
importantes cursos de água como o Rio Varosa eo
Rio Paiva. O nome por qual é chamada é atestado
pela memória paroquial de Leomil de 1758.
1822 – Estava então o Seminário ou Colégio situado
na freguesia de Quintela da Lapa, ora integrada na
comarca de Moimenta da Beira, concelho de Caria e
Rua, sendo pertença dos Jesuítas do Colégio de
Coimbra. Frei Joaquim tem longa e profícua vida,
falece em 1822 e encontrou sepultura a uma légua daqui,
no Convento da Fraga,
a meia distância entre a antiga porta do capítulo e a
que dava serventia para a portaria do Convento.
Actualmente freguesia do concelho de Moimenta da
Beira, foi séde de um concelho extinto em 1855.
Em finais do século IX com a reconquista e
repovoamento que marcaram Afonso III das
Astúrias, o antigo nome deste espaço foi substituido
pelo do presor godo Leomiro ou Ledemiro,
que fundou aqui a sua Vila
Leodemiri, genitivo que é a origem do topónimo.
Contudo, muitos povos terão passado e vivido
neste território. A romanização é indiscutível e a sua
pré-história tem abundantes marcos espalhados pelo concelho.
13. 9. 1885 – Nasceu Aquilino Ribeiro no concelho de
Sernancelhe a 13 de Setembro de 1885. Passou a
infância em Moimenta da Beira; estudou em Lamego
e em Viseu. Transpôs , depois, as fronteiras
regionais e nacionais; permaneceu vários anos
exilado em França, vindo a radicar …Nasceu Aquilino
Ribeiro no concelho de Sernancelhe a 13 de
Setembro de 1885. Passou a infância em Moimenta
da Beira; estudou em Lamego e em Viseu. Transpôs ,
depois, as fronteiras regionais e nacionais;
permaneceu vários anos exilado em França, vindo a
radicar-se em Lisboa durante cerca de meio século.
Esta itinerância nunca o separou da memória das
origens que constituiu o cerne da sua produção
literária.
FONTE: Câmara Municipal de Moimenta da Beira