Com o apoio: CVR Lisboa

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TRAJETOS EFETUADOS

A zona encontra-se rodeada por entre as Serras de Sicó e D’Aire e Candeeiros, e o Rio Lis.

LOGO ENC AIRE

Pelo que me foi dado a provar aqui também se produz bom vinho! Aqui predomina o minifúndio, originando produções relativamente curtas, comportando cerca de 3500-4000 pés de videira por hectare. 

O clima é Atlântico e fresco, sendo as maturações lentas e por vezes menos completas. Os solos são argilo-calcários, com maior composição de argila, marcando assim um terroir muito diferente dentro da Região dos Vinhos de Lisboa, daí também o seu interesse.

Como castas pode-se dizer que temos por exemplo a Baga nos tintos  e a Fernão Pires nos brancos, características da DO Encostas d’Aire, sendo muito raro utilizarem-se até castas estrangeiras.

A zona além de ser da DO Encostas d’Aire, está incluída na sub-região designada por Alta Estremadura, como gostam de salientar aqui os produtores, dentro da Região dos Vinhos de Lisboa.


ADEGA COOPERATIVA DA BATALHA

Durante a visita a esta Adega, deu para perceber que há aqui, apesar da reduzida dimensão muito e bom trabalho realizado.

Fui muito bem recebido pelo Dr. Ricardo Borges a quem endereço o meu profundo agradecimento.

Gerem perto de 800 hectáres de vinha, sendo o maior produtor da DO Encosta d’Aire produzindo 1 DOC Encostas d’Aire e o restante portefólio sob denominação IVV. Sengundo me referiu prende-se com questões de marketing da Adega.

Durante a minha visita foram ainda dadas a provar algumas variedades do seu portefólio, a destacar o DOC Encostas d’Aire, feito com Baga e Castelão, com estágio de 12 meses em barrica de carvalho francês, um vinho muito fresco, bons taninos, aromas de fruta preta, alguma especiaria e um atrativo final de boca. Surpreendeu mesmo! Até o preço é bastante em conta e vale a pena procurá-lo. Também apreciei imenso o Rosé Leve, vinho de excelente acidez, aromático, muita fruta vermelha pouco madura que lhe confere uma leveza e textura crocante, com média persistência. Mais à frente darei conta das apreciações.


QUINTA DA SAPEIRA

São 9 hectares de vinha, extraordinariamente bem tratados, uma nau muito bem comandada pela Sra. Inês Bernardino, sempre muito competente e atenciosa na forma como me fala orgulhosamente do legado de seu pai. Reforço dizendo, ainda bem que há quem corajosamente teime em persistir de forma resiliente.

Um produtor tão desconhecido quanto premiado!

Neste caso são vinhos que valem imenso o esforço da deslocação à Quinta, prova e respetiva aquisição. São um conjunto de vinhos de enorme craveira, de identidade própria e feitos com muita alma.

Aqui sente-se o peso da responsabilidade de preservar o resultado de 3 gerações! O Clube de Vinhos Portugueses, e os meus leitores conhecem-me, tem tido o mérito de dar a conhecer e mostrar produtores de vinho pouco conhecidos e que surpreendem completamente na prova. É o caso! E o visitante de forma alguma dará o seu tempo por perdido em aqui deslocar-se.

“A Quinta da Sapeira cultiva algumas das mais notáveis castas tradicionais portuguesas: Touriga Nacional, Castelão, Aragonez, Alfrocheiro, Baga, Fernão Pires e Arinto. Estas, aliadas a um terroir com declives suaves, ladeado por mata espontânea de pinheiros e eucaliptos, contribuem para o enriquecimento dos aromas das uvas em essências e obtenção de vinhos de elevada qualidade.” (FONTE: Quinta da Sapeira)

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De provas efetuadas, destaco primeiro um branco! Fresquíssimo! Muito aromático, frutado e complexo, notas cítricas, feito com Fernão Pires e Arinto (colheita 2013 – uma novidade), combinação que me agrada imenso! Depois experimentei um Arinto de 2012 que me fazia lembrar um pouco um branco de Bairrada com alguns anos. Soberbo! Um vinho supertop mesmo! Tive também o prazer de provar o ex-líbris da casa, um Touriga Nacional Tinto 2009, multipremiado internacionalmente e que merece ser conhecido!

Vale a pena visitar!