Qualquer referência à importância do sector vitivinícola neste concelho torna-se irrelevante face ao destaque que lhe é concedido ao integrar o próprio topónimo – Arruda dos Vinhos.
É povoação de origem remota, dominada pelos árabes e conquistada por D. Afonso Henriques em 1160, data em que lhe é atribuído o primeiro foral, confirmado em 1519 por D. Manuel I.
A região foi duramente castigada no séc. XIX pelos ataques de oídio e pela filoxera, mas as condições edafo-climáticas, particularmente adequadas para a cultura vitícola, fizeram ultrapassar esta fase e a paisagem voltou a contar com a presença forte da vinha.
Embora não existam na região maciços montanhosos ou altitudes significativas, o relevo predominantemente de encosta, a orientação dos vales e a influência atlântica, condicionam o seu clima que pode então ser caracterizado por temperaturas amenas, precipitação média, ausência de geadas tardias, fraca nebulosidade e humidade relativa do ar variando pouco ao longo do ano.
Os solos mais adequados para a cultura da vinha têm origem geológica no Jurássico e podem ser referenciados como predominantemente argilo-calcários.
A qualidade da matéria prima, associada a uma laboração cuidada e uma gestão eficiente, confirmaram com facilidade o nome Arruda que consequentemente foi reconhecido como o de região para a produção de VQPRDs. A concretização foi então formalizada com o Decreto-Lei nº 331/89, de 27 de Setembro.
A região conta com 2.120 ha de vinha, com explorações bem dimensionadas e que também na elaboração e comercialização de vinhos confirmam os méritos da região.
Os principais produtores são a Adega Cooperativa de Arruda dos Vinhos , a Quinta de S. Sebastião e Ribeiro Correa, que no conjunto de Vinhos certificados (DOC e Regional) comercializaram cerca de 150 mil garrafas.