Esta é na minha opinião a melhor casa de produção de vinhos de todo o país. Pela diversidade de sabores que nos proporciona, pela preocupação em produzir vinhos de qualidade para todos os gostos e em tempos de crise para todas as carteiras, pela estrutura organizativa, pelo transportar do nome de Portugal em Além-Fronteiras e pela extrema simpatia e cordialidade com que somos recebidos nas suas instalações, recomendo vivamente a visita à sua requintada e bem decorada loja onde será muito bem atendido pelo meu grande Amigo, o Sr. João Leonor.
Esta grande quinta remonta ao Séc XVIII, onde se
misturam história de várias gerações de famílias
importantes em Portugal, outrora designada por Quinta
de Vale de Nabais.
O primeiro proprietário foi D. Pedro de Almeida, Vice-Rei
da Índia, título concedido por D. João V, por actos de
bravura na tomada da praça forte de ALORNA, na
longínqua Índia.
Esta propriedade foi adquirida em 1723.
Regressado a Portugal, e como homem ligado à terra
plantou as primeiras vinhas, no então designado Casal
de Vale de Nabais, alterando o nome para QUINTA DA
ALORNA, nome que felizmente perdurou até aos dias de
hoje.
Quem era D. Pedro de Almeida?
“Quando os seus avós, os marqueses de Távora, subiram
ao cadafalso de Belém, Pedro de Almeida Portugal era um
menino.
Durante dezoito longos anos ficou longe da sua família:
o seu pai foi encarcerado no forte da Junqueira e sua
mãe e as irmãs fechadas no lúgubre convento de Chelas.
Contudo Pedro não se encontrava só! Na sombra, um
homem poderoso velava pela educação daquele órfão
do despotismo iluminado: Sebastião José de Carvalho e
Melo, futuro marquês de Pombal, ironicamente o
carrasco que tinha perseguido a sua família…
Foi sob o signo de todas estas contradições que
começou a vida do futuro 3º marquês de Alorna.
Prisioneiro também ele do nome Távora e da sua
condição aristocrática, protagonizou faz agora dois
séculos os episódios políticos mais marcantes do seu
tempo, nomeadamente a fuga da corte para o Brasil e as
Invasões Francesas.
Um enredo de intrigas, maldições e
invejas, durante muito tempo escondido no emaranhado
da História e agora revelado, levaram o marquês de
Alorna e muitos outros companheiros a juntar-se aos
franceses, combatendo na Europa, participando na 3ª
Invasão e partilhando o terrível destino do exército de
Napoleão na campanha da Rússia” (FONTE: O Último
Távora – José Norton)
O Ribatejo é, desde sempre, uma região rica e apetecida,
graças às férteis lezírias, ideais para a agricultura e
criação de gado. E Almeirim era então conhecida pela
qualidade da sua caça, muito frequentada por nobres e
fidalgos, que aqui passavam tempos de lazer.
No palácio da Quinta, de estilo sóbrio, mas distinto
erguendo-se de frente para o Tejo, iluminado pelo sol de
fim de tarde onde ainda hoje reluz o brasão dos Almeida
Portugal, nasceram e viveram várias gerações de
Alornas, incluíndo D. Leonor (1750-1839), Marquesa de
Alorna, notável poetisa e pintora, que aqui escreveu
algumas das obras que a tornariam famosa.Assim nasceu
a Quinta da Alorna.
Pode consultar o seguinte link para
conhecer mais um pouco da escritora no estúdio raposa:
Estúdio Raposa (Luís Gaspar) – Marquesa da Alorna
Luís Gaspar, ex-locutor
de rádio e ex-voice over de publicidade dá voz às suas palavras.
Apreciar um vinho é uma arte que cada um poderá
desenvolver individualmente.
À medida que bebemos
vinhos e lemos e conversamos sobre eles, a capacidade
de distinguir as suas diferentes características
desenvolve-se naturalmente.
Os vinhos da Quinta da Alorna estão hoje presentes na
generalidade dos mercados internacionais e a sua
qualidade é reconhecida com os mais altos galardões e
prémios em concursos e revistas.
O timoneiro desta casa é o conceituado Enólogo, Engº Nuno Cancella d’Abreu que muito tem feito pela tradição vinícola de Portugal. Bem haja pelos momentos de prazer que proporciona aos consumidores.
Como chegar: Quem vai para Almeirim à Sopa da Pedra,
pela entrada da EN 118 pode desviar na Wine Shop do
lado direito, na Quinta Da Alorna.
Pelo requinte da decoração da loja, pela história associada e acima de
tudo pela extrema relação qualidade/preço dos seus
vinhos merece uma visita atenta de quem lá passa, até
porque os preços praticados costumam ser um pouco
mais baixos em relação a garrafeiras, grandes superfícies
e pequeno comércio. Uma sugestão. Horário: De Terça a
Sábado das 10:00 – 12:30 / 14:00 – 18:30 Domingos e
Feriados das 10.00 – 12.30 / 14.00 – 18.00, fechada às
2ªs feiras.
PORTOFÓLIO
FONTE: Quinta da Alorna