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Pessoalmente tenho a sorte de viver a menos de dez minutos da Quinta da Romeira.

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É um passeio bucólico e extremamente agradável, bem como a simpatia com que sou recebido sempre que me desloco à Wine Shop local para adquirir algumas garrafas, numa loja primorosamente arranjada, arrumada e organizada.

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Quem viva na zona da Grande Lisboa e num raio de 100km, é uma casa de portas abertas onde se respira a história do vinho de Bucelas, eternizado por William Shakespeare.

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Quinta da Romeira
Tradição com modernidade em Bucelas

Escondida entre vinhedos que descem as colinas do vale

de Bucelas, A Quinta da Romeira fica situada às portas

de Lisboa.

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É um património riquíssimo pleno de história

que produz um dos melhores brancos do mundo!

É uma arte ancestral a Quinta da Romeira. O Duque de

Wellington rendeu-se ao seu sabor fresco e elegante,

assaz frequentando representado no solar setecentista

da família e bebendo o vinho que ali se produzia.

O Duque (estratega da resistência lusa durante as

invasões francesas) gostava tanto “deste” néctar que o

ofereceu à casa real britânica, “Sua Majestade” o Rei

George III.

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É um digníssimo representante da Região de Lisboa que

sabe elevar bem o seu estatuto, conquistando prémios

onde modernidade e tradição se aliam na perfeição!

Apreciar este néctar é despertar os nossos sentidos e

convém provar atentamente, desafiando a nossa

destreza e perespicácia.

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Somos surpreendidos logo à entrada pelo conjunto de

edifícios cor-de-rosa, que ao que constam pertenceram

ao Marquês de Pombal e descendentes. Esta tonalidade

contrasta com as verdes latadas de videiras, onde se

sente os aromas vivos e coloridos.

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“Ao fundo de uma estrada em calçada portuguesa

encontramos a jóia que coroa esta propriedade cheia de

história: o belo solar de Santa Catherina, restaurado em

1988, mas com origens que remontam ao século XVIII.

Neste edifício sobressaem também as duas janelas

manuelinas (uma na frente da casa e a outra nas

traseiras) sob o arco que dá acesso a uma pitoresca

alameda rodeada de árvores que pintam o cenário com

cores outonais durante a época do cair da folha.

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Por aqui se chega a um terreiro utilizado actualmente

para receber festas e casamentos e, não muito longe,

existe também uma elegante capela de 1914.

Uma espreitadela para o interior do solar revela a

decoração clássica do espaço e já lá dentro os nossos

olhos voltam a espantar-se com a riqueza do mobiliário e

dos inúmeros objectos antigos que nos transportam

para o ambiente de uma casa inglesa.

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De volta à rua, despedimo-nos do pátio principal com um

olhar de 360º por todo o cenário envolvente, onde

sobressaem pequenos detalhes repletos de alma e de

passado, como uma fonte em pedra, já seca pelo tempo,

um sino escondido que em tempos anunciava as visitas,

ou uma antiga carroça, utilizada para transportar as uvas

durante as vindimas. ”

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Ainda que a produção de vinho nas terras
da Quinta da Romeira tenha séculos
de existência, a história recente desta propriedade
começa em 1987 com um projecto
vínico que se viria a revelar decisivo
para a recuperação do prestígio do vinho
de Bucelas.

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A plantação de 80 ha de vinhas
e a construção de uma nova adega
equipada com a mais moderna tecnologia,
tornou possível produzir um Bucelas
nas melhores condições. O sucesso do
Prova Régia, a primeira marca lançada no
mercado (1992), evidencia bem a elevada
qualidade da casta Arinto e dos vinhos de
Bucelas.

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Este vinho é considerado pelos
especialistas como um dos melhores vinhos
brancos portugueses.

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Mais tarde surge
um outro vinho de excelente qualidade:
o Morgado de Sta. Catherina, também exclusivamente
da casta Arinto, fermentado
em madeira e produzido em quantidade limitada.
A Quinta da Romeira, hoje inserida no
âmbito do projecto empresarial Companhia
das Quintas, impôs um outro dinamismo
a este produtor.

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Deste modo, temos o
Quinta da Romeira feito com a casta Arinto
e Chardonnay; Prova Régia que só tem
uvas Arinto na sua composição; Prova Régia
Reserva – Arinto e Chardonnay, sendo
este último fermentado em barricas de carvalho,
onde estagiou nove meses; Morgado
de Sta. Catherina Reserva – elaborado
exclusivamente com a casta Arinto; Quinta
da Romeira Espumante Bruto – feito pelo
método clássico com uvas da casta Arinto.
Interessante o Quinta da Romeira Colheita
Tardia, elaborado a partir de uvas que foram
colhidas a 11 de Novembro já atacadas
com o fungo da chamada podridão
nobre. O enólogo responsável pelos vinhos
da Quinta da Romeira é João Corrêa.

FONTES: JF Bucelas, Quinta da Romeira e Lifecooler

 

 

 

ARQUELOLOGIA NA QUINTA DA ROMEIRA

 

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“A Quinta da Romeira de Baixo, como é conhecida

atualmente, já pertenceu em outras épocas, aos

marqueses de Arronches e posteriormente aos Duques

de Lafões, fato esse que a torna um bem valoroso a ser

preservado. Atualmente, suas instalações encontram-se

em avançado estado de degradação, mas o seu atual

proprietário, no intuito de transformá-la em espaço de

interesse social, solicitou, ao Departamento do

Patrimônio Cultural – área de Investigação, um parecer

sobre a infra estrutura, procedimento necessário ao

início de toda a reforma em território Português. Dando

início a um processo de classificação das edificações e

sua importância histórica.

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No contexto acima descrito, foi encontrado, entre os

principais edifícios, uma pequena estrutura que assenta

sobre um podium, cujos alçados apresentam um estado

elevado de erosão e ruína, evidenciando um edifício

renascentista. Foi com a intenção de classificar o

monumento que iniciou-se os trabalhos de investigação

arqueológica.

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A Quinta da Romeira de Baixo está localizada num vale

próximo a Ribeira das Romeiras, afluente do rio Trancão

(afluente do Tejo) e hoje corresponde a uma área

agrícola de aproximadamente 81hec. Sendo cortada por

uma rodovia federal a EN116, que estabelece uma

ligação entre Bucelas e Alverca cidades periféricas a

Lisboa.”

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COLUMBARIUM ROMANO

 

“Quanto ao uso da edificação, pressupõe-se que tratar-se

de um columbarium , associado a uma villa, e  seria

destinado a conter as cinzas do proprietário e seus

familiares, as quais seriam , conforme os ritos fúnebres

dos romanos não obstante variarem ao longo dos

séculos, aqueles seriam colocados em urnas ou vasos

nos nichos existentes no interior da edificação.

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Testemunhos arqueológicos permitem afirmar que o rito

de incineração e de inumação pudessem coexitir, pois

houve períodos que um predominou sobre o outro, mas

os costumes de incinerar os corpos incidiu com maior

representatividade nos sec. I e II D.C. A partir do sec. III

D.C a enumação começa a se impor, devido à crescente

adesão ao cristianismo. Portanto, podemos concluir que

o columbarium pertence ao sec. IID.C, teoria que

pretendemos.”

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REDESCOBRINDO A HISTÓRIA

“As conquistas romanas, na península ibérica, obtiveram

expressão efetiva no atual território português na época

da Grande Companhia Militar conduzida por Décimo Juno

Bruto em 138 A.C. Seu quartel general, no vale do Tejo,

foi utilizado como porto de apoio às expedições

militares. Sendo o rio Tejo via natural de ligação com o

oceano, foi este fato, importante no estabelecimento de

populações organizadas em aglomerados urbanos

secundários.

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Os dados literários até hoje analisados são insuficientes

para definirmos um quadro de distribuição das

populações, por essa razão os achados arqueológicos

tem o papel fundamental de esclarecer e compor parte

da história. A área atual de Loures foi alvo de passagem

terrestre construída pelos romanos, e, juntamente com

essas estradas, os povoados foram se formando, dando

origem também às estradas secundárias como via de

ligação desses povoados;

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As prospecções arqueológicas, ainda não identificaram

lugares correspondentes a esses povoamentos mas,

estudos arqueológicos anteriores, indicam que os

mausoléus sempre estavam associados a uma unidade

habitacional pertencente a uma villa. O próprio local nos

leva a acreditar que houve uma implantação deste

gênero devido à sua localização caracterizada por boa

exposição solar, declive suave, recursos hidrícos e a

proximidade do caminho romano.

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Nesse contexto, podemos dizer que a Quinta da Romeira

de Baixo, está localizada numa dessas estradas

secundárias, que reforçam a teoria do monumento

pertencer à época romana. Nessa época, Felicitas lulia

Olisipo (Lisboa) era um dos centros urbanos mais

expressivos da Lusitânia, e a atual freguesia de Bucelas

(local onde está situada a Quinta), estava integrada no

território de Olisipo, caracterizado como um povoamento

rural nas cercanias da cidade.”

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FONTES:
Estêvão, Florbela, “Notícia sobre a Estrutura

Arquittetônica da Quinta da Romira de Baixo (Bucelas)

Mausoléu Familiar associado ao Ritual de Incineração”,

Catálogo da Exposição ARQUEOLOGIA como

Documento, Câmara Municipal de Loures, Museu

Municipal de Loures, pp. 45-51.

Oliveira, Ana Cristina, “A Villa Romana das Almoinhas

(Loures) O contexto da Presença Romana no Concelho

de Loures”, Catálogo da Exposição Da vida e da Morte

Os romanos em Loures, Câmara Municipal de Loures,

Museu Municipal de Loures, pp. 29-41.

Arquiteta Rosemary Martins, formada pela Faculdade de

Arquitetura e Urbanismo da Universidade Nove de Julho,

em 2000. Experiência em arquitetura corporativa, em

arquitetura retrospectiva em Loures, Portugal e,

atualmente, no Brasil, voltou a atuar como autônoma em

arquitetura corporativa.

 

 

QUINTA DE PANCAS

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A Quinta de Pancas, fica situada no “Alto Concelho de Alenquer”, 45Km a Noroeste de Lisboa,

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junto à aldeia do mesmo nome e é atravessado a Norte pela Ribeira de Pancas, perto de confluência desta com o Rio Alenquer.

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É uma das mais antigas deste concelho de tão ricas e antigas tradições no qual,

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um recenseamento recente, registou a existência de 160 quintas com brasão ou com capela, número sem dúvida impressionante e com significado particular.

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É que, a existência destas quintas andou sempre a par e passo com a produção de vinho,

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não sendo pois de estranhar que Alenquer continua a ser o 2º maior concelho produtor do país.

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Aspecto digno de realce nesta região privilegiada para produção de uva, é o da variedade de solos, de relevo e de clima,

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estendendo-se da Lezíria à Montanha e dando origem a diferentes tipos de vinho, com óptima maturação, bastante equilibrados e de elevada qualidade.

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Desde finais do Séc. XV pertenceu esta Quinta à família dos actuais proprietários aí residindo nessa época,

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Domingos Fernandes, irmão do instituidor do Morgado de Pancas, D. Pedro Fernandes, Bispo de Bona.

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A casa foi sujeita a sucessivas adaptações de acordo com a época, o gosto e as necessidades de cada geração.

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Apresenta ainda dos tempos mais recuados uma “alpendrada romântica” dando sobre o pátio de entrada e, do séc. XVI, azulejos mozárabes verde e branco e tectos do mesmo estilo, em caixão de madeira.

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“A família ” e a “Quinta” estiveram sempre integradas nessa cultura e tradição que em Alenquer é anterior a ocupação Romana e que , até aos nossos dias, constitui de forma permanente, a principal ocupação e riqueza dos seus habitantes.

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FONTE: Quinta da Romeira