A história da adega cooperativa, como quase todas as outras, começa em finais da década de 40, altura em que se dá início ao movimento nacional de associativismo entre viticultores. Este associativismo era personificado pelas adegas cooperativas que desta forma tentavam fugir a dependência dos comerciantes de vinhos. Sendo Portugal nessa época um país em que a agricultura era a principal atividade económica, os parcos rendimentos da vinha e do vinho levaram o governo a criar a Junta Nacional do vinho (1937), que tinha como objetivo procurar equilibrar a oferta e a procura, intervindo no armazenamento dos excedentes de vinho, por forma a compensar os anos de escassez.
Na zona de Alcobaça a vinha tinha grande peso na economia local, facto comprovado pela existência em finais da década de cinquena de mais de uma dúzia de grandes comerciantes de vinho. Para tentar por cobro à pouca valorização que os comerciantes davam pelos vinhos dos pequenos vitivinicultores, a Junta Nacional do Vinho adquire em 1948, aos Herdeiros de José Eduardo Raposos Magalhães, a adega e terrenos adjacentes para ai instalar um posto de intervenção, local onde hoje está instalado o Museu Nacional do Vinho. Na segunda metade da década de 50 começam a surgir, um pouco por todo o país vinícola as primeiras adegas cooperativas. Em 1956, um grupo de pequenos e médios viticultores decide criar a Adega Cooperativa de Alcobaça, que começou por ficar sedeada nos armazéns da Junta Nacional do Vinho, onde hoje em dia está o Museu Nacional do Vinho. Esta solução durou até 1976, altura em que a área de vinificação foi mudada para uns terrenos contíguos ao original. A deslocação em definitivo da Adega Cooperativa dá-se em 1993, depois de ter sido adquirido a Junta nacional do Vinho onde foi construída a área administrativa e armazéns.
A partir da sua criação a Adega chegou a ter 3000 sócios, mas as pessoas pouco a pouco deixaram a vinha. Os Vinicultores foram para a fruticultura que dava mais rendimento ou mudaram completamente e foram trabalhar para a indústria. Neste momento são 382 sócios.
Para a produção e comercialização do vinho a Adega conta com a colaboração de 8 funcionários e um enólogo em parte-time. De uma boa interação entre a Direção e os diferentes departamentos, com a orientação do enólogo, resulta um vinho com uma relação de qualidade /preço excelente.
O vinho produzido na Adega é comercializado com as marcas:
Pé da Serra (vinho de mesa)
Levadas dos Monges (vinho certificado)
Montes (vinho certificado)
Além dos vinhos também se produz e comercializa, com a marca Frade: Aguardente vínica, Bagaceira branca e amarela; Abafado.
A sua comercialização é feita na sua maioria no Concelho de Alcobaça, no entanto, no seguimento de uma nova política comercial, já se comercializam noutros pontos do país como Fátima, Lisboa, Algarve e Açores. Em termos de exportação, já se encontram em Cabo Verde e na China, sendo Brasil o próximo destino.
O vinho da Adega deve passar a ser visto como produto de excelência. Se vem a Alcobaça visite a Adega, a Loja e o Museu do Vinho!