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Quem segue há algum tempo o Clube de Vinhos Portugueses, certamente que já constatou que para mim uma Rota de Vinhos tem que ser uma cadeira de valor, não só para uma região como para todo um país.

Portugal tem que ser coeso e se queremos que nos visitem, então temos que apostar na diversificação de oferta e nada melhor que o nosso país onde em cada cantinho encontramos uma particularidade, um coisa feita de forma diferente, longe de ser um monótono cenário como acontece em outras partes.

Isto funciona quer os visitantes nos cheguem via aérea como via terrestre, movendo-se então a partir do interior.

Retirado do último Simpósio Vitivinícola promovido nos dias 19, 20 deste mês e promovido pelas CVR’s de Lisboa, Península de Setúbal e Tejo, tenho estes pontos apresentados pelo Dr. Vasco d’Avillez (presidente da CVR de Lisboa) que com quase 50 anos de experiência nos fez uma deliciosa apresentação do cenário atual e com o qual além de mim, muitos concordamos na essência, apesar de eventualmente se poder (e ainda bem que é assim) divergir na conceção.

A paisagem deixada pelas vinhas ao longo quer de planícies quer de relevos montanhosos é deslumbrante e um dos principais fatores de atração dos visitantes. Algo que é completamente modificador do meio e lhe confere uma beleza deslumbrante!

A dimensão económica é tremenda. além de contribuir para a fixação, especialmente de alguns jovens em zonas mais despovoadas, significa a criação de postos de trabalho, permite uma profissão interessante e dinâmica em torno do ciclo das videiras para obtenção de uvas que serão posteriormente transformadas em vinhos.

Partindo do mote dos anos 30 em que “beber vinho é dar Pão a um milhão de Portugueses“, remete-nos para o alargamento da cadeia de valor, atividade que permite o funcionamento de uma extensa componente económica de grande importância para a Sociedade Rural. Dentre deste ponto incluem-se a restauração e hotelaria, que são altamente complementares a este setor e que permite ganhos nos dois sentidos.

Os projetos de excelência ligados às rotas dos vinhos devem ser valorizados, pois, dignificam as regiões de todo o País. E felizmente começam a haver imensos! Além de restauração que muitos produtores já têm, existe muitos hotéis e alojamentos, atividades diversas em oferta e muito mais se pode proporcionar ao visitante.