A apreciação de vinhos inicia-se necessariamente nas sensações do nariz: o olfacto! Os aromas do vinho por sua vez constituem um registo histórico que o nosso cérebro grava ao longo da nossa vida de sabores. O aproximar do nariz ao copo de vinho remete-nos para esse registo de experiências e aromas, e aqui começa a descrição dos vinhos!
Para auxiliar a descrição dos aromas presentes num vinho há uma ferramenta denominada roda dos aromas.
A roda dos aromas é um círculo colorido que se divide em três zonas: no centro estão os termos mais gerais, estes tornam mais específicos no perímetro do círculo (por exemplo, frutado, frutas de árvore, maçã).
A roda de aromas apresentada adapta-se aos vinhos produzidos em Portugal e pretende auxiliar a classificação dos aromas de um vinho. Esta roda dos aromas não pretende ser extensiva: o seu objectivo é apresentar-lhe os aromas mais comuns nos vinhos portugueses.
Classificação dos aromas do vinho:
- Primários: são os aromas originários da casta e proporcionam um carácter especial ao vinho. Dependem da região, do estado de maturação da uva, entre outros factores.
- Secundários: são os aromas que resultam da fermentação e da acção das leveduras sobre o mosto. Os compostos das leveduras e as condições de fermentação, por exemplo a temperatura, influenciam estes aromas.
- Terciários: são os aromas que resultam do processo e métodos de envelhecimento. Podem resultar do envelhecimento do vinho em madeira e em garrafa ou apenas em garrafa. O processo de envelhecimento origina aromas complexos, designados como o bouquet do vinho. O bouquet pode ter carácter oxidativo (quando o vinho está em estágio, o oxigénio passa pelos poros da madeira e oxida o vinho) ou de redução (os aromas evoluem na garrafa protegidos pelo ar).
Há castas com aromas primários muito intensos, como por exemplo a casta Moscatel e outras que apresentam aromas primários pouco intensos, como por exemplo a Trajadura.
Os compostos aromáticos de um vinho são bastante numerosos e para facilitar a sua classificação foram determinados conjuntos de aromas agrupados por proximidade.
Para além dos conjuntos aromáticos, existem alguns termos básicos que ajudam a caracterizar aromaticamente um vinho.
Um vinho com boas características aromáticas pode ser qualificado como fino, agradável, harmonioso, entre outros adjectivos.
Quando um vinho tem menos qualidades aromáticas utilizam-se os termos: comum, desagradável, fraco, defeituoso, alterado, entre outros.
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