Apesar de caprichosa, a casta Baga é responsável pelos melhores vinhos da Bairrada, revelando-se igualmente importante nas Beiras e Dão, e, embora menos determinante, em Lisboa e Tejo.

A introdução da Baga na Bairrada dá-se em consequência do oídio, sendo esta casta resistente ao fungo.

Casta tinta autóctone, é cultivada em todo o país devido à sua versatilidade, com especial incidência na DOC Bairrada; adaptando-se a todos os tipos de solo e a climas de intensa insolação e de verões prolongados, apresenta boa afinidade com todos os porta-enxertos e aptidão para a vindima mecânica.


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Fenologia

  • Abrolhamento: Época média, 10 dias após a ‘Castelão’.
  • Floração: Época média, 6 dias após a ‘Castelão’.
  • Pintor: Época média, 2 dias após a ‘Castelão’.
  • Maturação: Tardia, duas semanas após ‘Castelão’.

Fisiologia

Porte prostrado. Elevada produtividade. Vigor médio. Pouco sensível ao oídio e à podridão.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN


Descrição geral

Casta polémica, é adorada por uns viticultores e odiada por outros.

VINHA

Na Bairrada domina por completo os encepamentos tintos e no Dão também continua a ser muito cultivada.

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Boa produtora de uvas, de maturação tardia e por isso com alguma dificuldade de maturação.

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Quando as uvas amadurecem bem (13° álcool prov.), a casta revela toda a sua nobreza e mostra porque razão é uma das melhores castas portuguesas.

Se colhida bem madura dá origem a vinhos concentrados de cor, com aromas a frutos, bem estruturados, taninosos e com grande potencial de envelhecimento na garrafa.

Prof. Virgílio Loureiro


Descrição do vinho monovarietal

O aroma desta casta é muito característico, lembrando frutos e bagas silvestres quando jovem, evoluindo para composições aromáticas mais complexas, com notas de fumo, café, erva seca, ameixas secas e tabaco.

Aromas

Ao longo do envelhecimento os vinhos ganham aromas mais complexos e profundos, com 10 anos ou mais de estágio surgem aromas de madeira mesmo em vinhos que aí nunca estiveram.

Prof. Virgílio Loureiro