Que acontece realmente com o envelhecimento dos vinhos
Ao sabermos o que acontece realmente com o envelhecimento dos vinhos temos uma primeira premissa.
Alguns vinhos melhoram com o envelhecimento e têm o seu ponto ótimo, a partir do qual começam a declinar.
Reaçóes de acidificação e oxidação assim ditam o fenómeno dentro da garrafa.
O que acontece realmente com o envelhecimento dos vinhos ainda pouco se sabe.
Contudo supunhamos um vinho dum ano vintage “X”; numa caixa de 6 podemos ter 3 vinhos em excelente estado e o resto intragável.
Não existe ciência exata, tudo está em constante mutação.
Os próprios lotes de vinho jamais constituirão algo homogéneo; poderemos ter 100000 litros divididos em 5 cubas, e o perfil der diferente entre si.
O que realmente acontece na garrafa e como afeta o seu sabor ?
a maioria dos vihnos produzidos e por questões económicas, são elaborados para consumo no menor espaço de tempo possível.
Muitos sem sequer terem necessidade de adega.
Os enófilos e garrafeiras, sendo os vinhos de anos excecionais, compram-nos e guardam para assim os poderem valorizar.
Fique sabendo que o vinho desses anos extreme valorizam mais que o ouro !!!
Ao fim de alguns anos, o vinho evoluiu e será apreciado com rituais de enorme prazer.
Três questões se colocam:
- Que vinhos devem ser envelhecidos ?
- E porque se envelhecem os vinhos ?
- Que sucede aos sabores do vinho quando este envelhece ?
Quando jovens, absorvemos os aromas primários dos vinhos; herbáceos no caso de Arinto ou Sauvignon Blanc.
No caso de Merlot, Touriga Nacional ou Cabernet Sauvignon detetamos frutos silvestres como amoras pretas.
Associado a técnicas de vinificação e estágio, poderemos sentir notas de baunilha, resultante do estágio em barrica de carvalho americano.
Temos ainda os amanteigados e testuras mais sedosas devido à fermentação malolática !!!
Um fenómeno ue acontece realmente com o envelhecimento dos vinhos, é o aparecimento de aromas terciários.
Estes aromas advêm da sua evolução, que é lenta, faz o vinho parecer ainda jovem, com muita frescura, taninos suaves e notas de trutos secos.
Temos ainda alguns aromas primários que antes estavam ocultados deste perfil, como mel, herbáceos, cogumelos, minerais e terrosos.
O que causa estas mudanças ?
O vinho de acordo com o enólogo Eng. António Ventura, “é um ser vivo”, ou seja, é tudo menos estático dentro da garrafa.
Algo irá estar em constante mutação, especialmente com reações bioquímicas e algumas enzimáticas.
Ácidos e diversos álcoois reagem, formando assim novos compostos, desenvolvendo novos aromas e paladares.
Muitos dos compostos existentes, dissolvem-se na emulsão (não é uma solução homogénea) e posteriormente combinam-se de formas diferentes.
São processos constantes e repetíveis ao longo de anos ou décadas.
Sempre que abrimos uma garrafa, o vinho existente está num estágio de desenvolvimento específico e se experimentarmos de mês a mês, verificamos ligeiras nuances.
Álcool, ácidos e açúcares, estando na mesma proporção, assim permanencem, mas os sabores alteram-se.
Como é alterada a textura do vinho
Esta é mais uma importante componente de alteração nos néctares conforme envelhecem.
O que acontece realmente com o envelhecimento dos vinhos sente-se especialmente na fluidez do vinho.
- Brancos secos e envelhecidos, tornam-se mais viscosos e mais espessos ou oleosos.
- Os vinhos tintos tendem a ficar mais macios, suaves, tudo devido a compostos fenólicos como taninos e que se depositam com o passar do tempo.
Assim se formam as aparentemente incomodativas borras, mas que revelam um vinho excecional para o qual se requer um serviço de excelência.
Com a combinação de compostos, estes precipitam-se sob a forma de sedimentos que estando em suspensão vão caindo para o fundo da garrafa.
Como altera a cor com a idade
A oxidação é o principal fenómeno e processo mais visível num vinho com evolução.
Este processo é relativamente lento e a evolução da cor em diferentes estágios assim demonstra.
- Os vinhos brancos evoluem de cores cítricas limonadas para âmbar.
- Os vinhos rosé vão do rosa salmão até casca de cebola.
- Os vinhos tintos evoluem das cores púrpura ou carmim, para tons acastanhados e até aloirados.
Os tintos jovens que inicialmente são opacos, mais maduros tornam-se mais claros e isso vê-se se inclinarmos o copo e visualizarmos a espessa película de vinho.
Essa cor é mais clara nas bordas do anel do copo e dá pelo nome de aro.
Muito mais haveria a dizer sobre o que acontece realmente com o envelhecimento dos vinhos.
Questões como que tipos de vinho poderão envelhecer, como devem ser conservados esses vinhos, que castas serão mais indicadas ou até como saber se um vinho velho ainda está em condições.
Resta-lhe procurar uns vinhos velhos no mercado.
7 Comentários
António Serrano
3 anos atrásBom Dia. Sou um extremo curioso das Artes do Vinho e gostaria de ler mais algo sobre o assunto e especificamente sobre o envelhecimento do vinho. Onde encontrar. Carlos Serrano
EmilZo
6 anos atrásVai me desculpar mas o seu blog tornou se ilegivel pelo menos para mim. è completamente desconfortavel estar a ler um artigo cortado por nnn banners publicitarios. Sei que temos que vender e que as pessoas tem que clicar, mas pode ter mais pessoas como eu cada vez que vejo um titulo que me interessa do seu blog, lembro me logo da seca dos anuncios e nao o leio. Só uma sugestao que talvez tenha soluçao. Se eufor umc aso unico, entao esqueça esta no bom caminho pois sou so um a queixar me. Abraço e felicidades para o projecto. Nao deixa de ser interessante!
Jorge Cipriano
6 anos atrásBoa noite, eu percebo perfeitamente a sua situação. Pessoalmente também sinto o mesmo quando quero ver um artigo no Sapo e levo com anúncios, ou quando estou ver um filme na TV e levo com 15 minutos de anúncios. Enfim, é a forma que os meios de comunicação como o CVP têm de pagar as despesas e que permitem que as pessoas ainda possam ler artigos interessantes todos os dias sem terem que pagar.
Cumprimentos,
LOURO MÁRIO
6 anos atrásdesculpe Jorge mas muita da informação esta tecnicamente incorrecta confunde muito envelhecimento com estagio e vice versa e portanto oxidações tb confunde com reduções e enquanto na madeira o vinho evolue , amadurece ou estagia na garrafa sempre envelhece ,.
Jorge Cipriano
6 anos atrásBoa noite, Eng. Mário Louro.
O artigo que está escrito baseou-se em documentos e apontamentos sobre vinhos; literatura diversa, e de tudo um pouco por vários cantos do mundo.
Admito que nem sempre esteja tudo correto, é um facto.
Contudo por vezes temos que adaptar informação à capacidade de entendimento de leitores com diversos grounds de conhecimento.
Agradeço desde já as suas palavras que servem para eu melhorar uma próxima vez que publique sobre sobre o assunto, nomeadamente efetuar melhores pesquisas.
Grato e abraço da minha parte.
Júlio Torres
6 anos atrásObrigado pela exposição sobre os vinhos envelhecidos! Tenho algumas centenas de garrafas que variam entre 5,10,15 e 20 anos.Quando abro uma ou duas com os amigos a acompanhar uma boa comida portuguesa, é um ritual maravilhoso.
Jorge Cipriano
6 anos atrásCaro Júlio Torres.
Agradecemos novamente o seu comentário e sabermos que a informação do artigo lhe é útil.
Cumprimentos.