O Vinho do Porto pode aprender com o champanhe a subir o preço médio das garrafas
O Barca Velha pode ajudar o Douro a tornar os seus vinhos mais caros, tal como o Pêra Manca pode fazer o mesmo pelo Alentejo. Em Portugal, o setor do vinho tem de fazer produtos de luxo para o mercado mundial. Os casos de sucesso vão ser analisados no seminário “Excelência e Luxo no Vinho”, no Palácio de Queluz. Grandes empresas, investigadores portugueses e Martin Kunc, da Southampton Business School, vão intervir nesta organização do Projeto CV3 – da AESE, UTAD, ADVID, INIAV e PwC.
 
O setor do Vinho do Porto pode aprender com os franceses que produzem, promovem e comercializam champanhe a aumentar o preço médio das garrafas vendidas. Na região de Champagne há menos produtores e menos hectares plantados que no Douro: no entanto, o número de garrafas colocadas no mercado é três vezes superior (302 milhões, contra 106 milhões de Vinho Porto) e a faturação global é quase 12 vezes superior (4,9 mil milhões de euros, contra 400 milhões de Porto).
“A questão é que o preço médio das garrafas de champanhe é de 16 euros, enquanto o preço médio das garrafas de Porto é inferior a 5 euros”, afirma António Manuel Vaz, do Projeto CV3”.