Efetivamente podemos concluir que a Morte da Elizabeth II é uma perda para o Vinho Português, e por pouco a celebração do Dia Internacional do Vinho do Porto (10 de Setembro) coincidia com o falecimento da monarca, autêntica embaixadora de Vinhos Portugueses, por sinal talvez uma das mais notáveis e emblemática consumidora no mundo desde há muito tempo. Morreu Elizabeth II e o Vinho Português perde adepta especial.
Com a morte da Rainha Elizabeth II no passado dia 8 de Setembro, os Vinhos Portugueses, em especial Vinho do Porto deixam de contar com importante consumidora, logo quem fica a perder além do povo britânico e respectiva família é o Vinho Português.
Era conhecido que a falecida monarca dispunha de uma vasta adega escondida sob o Palácio de Buckingham, contendo milhares de garrafas de bebida que valiam cerca de 2 milhões de libras, segundo uma avaliação realizada em meados de 2017.
Além do valor histórico, não podemos ignorar o quanto foi importante e o respectivo valor comercial que representou para o Vinho Português contar com importante “embaixadora”.
Quando se afirma que a Morte da Elizabeth II é uma perda para o Vinho Português, resulta de factos históricos vários ao longo de décadas, para além de haver registos seculares. Morreu Elizabeth II e o Vinho Português perde adepta especial é um facto irreparável no imediato, pode contudo, o sucessor no imediato ou os próximos Reis ou Rainhas continuarem a apreciar com iguais motivos os Vinhos Portugueses, assim esperamos.
Sabe-se também que na adega real, existem garrafas desde o ano 1703.
Nessa garrafeira real sabe-se também que existem Vinhos do Novo e Velho mundo, uma excepcional e impressionante colecção real, onde se destacam um Château Léoville Barton datado de 1988, e um Fonseca e Quinta do Noval de 1963, enquanto brancos da África do Sul e Nova Zelândia abundam nas prateleiras.
Outro facto relevante é a presença de um blend espanhol, nomeadamente uma garrafa de xerez datada de 1660, que foi descoberta quando a nova London Bridge foi construída e apresentada à falecida rainha.
Outro facto interessante, é que, somente os vinhos são armazenados nas salas forradas de pedra, embora também são guardadas caixas de chá Tetley e Carlsberg.
Estas Caves de Vinhos são geridas pelos recursos e serviços reais, que se encarregam de assegurar manutenção, conservação e reposição, assim como também, sempre que necessário realizar as competentes selecções dos Vinhos para ocasiões e cerimonias oficiais.
Por exemplo, o Mateus Rosé ao que se sabe, foi um pedido expresso da rainha a propósito de um evento mais restrito, contudo passou a ser presença habitual do stock da adega real.
Outras marcas, como Taylor’s , Graham’s, entre outras eram solicitações e presença habitual em eventos e recepções apadrinhadas pela Rainha, mais recentemente o Presidente dos Estados Unidos na sua última deslocação ao Reino Unido foi presenteado com um brinde de Churchill’s 1985 Vintage Port.
Em suma, a Morte da Elizabeth II é uma perda para o Vinho Português, embora ao longo da história os Vinhos Portugueses tiveram inúmeros adeptos, e marcaram presença em momentos especiais, desde os fundadores dos Estados Unidos, os Czars da Russia, imperador do Japão, entre outras personalidades e ocasiões mundiais, e os Vinhos Portugueses continuam a fazer o seu caminho, e a fazer as delicias de muitos consumidores por esse mundo, resta-nos brindar à longa vida da Rainha e fazer votos de novo Rei Carlos III tome conta do legado enquanto bem acompanhado de um qualquer Vinho Português.
Morreu Elizabeth II e o Vinho Português perde adepta especial, mas os ingleses é que ficaram no prejuízo, eles ficaram sem a sua emblemática monarca, enquanto nós continuamos com bons Vinhos Portugueses. Cheers!
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