O sucesso até agora granjeado pela Adega Cooperativa da Lourinhã muito se deve à tenacidade e resiliência quer dos seus associados, quer da atual direção, liderada pelo Sr. João Pedro Catela. como consumidor e crítico tenho a agradecer-lhes pelo facto de conservarem um produto genuíno e de, com unhas e dentes, defenderem algo único como a aguardente velha DOC Lourinhã!
Sobre o Decreto-Lei nº34/92 de 7 de Março que estabelece a Região Demarcada da Aguardente Vínica de Qualidade com Denominação de Origem Controlada “Lourinhã” já se falou no Clube de Vinhos Portugueses. Falta falar de produtores. É a única região exclusiva de aguardentes em Portugal e uma das três na Europa inteira.
Comecei pelo mais carismático!
Para usarem a distinção de DOC Lourinhã as aguardentes têm que cumprir especificidades em termos de “condições dos solos, as características de cultivo e de tecnologias de vinificação, conservação, destilação, envelhecimento e engarrafamento”.
A Adega Cooperativa da Lourinhã possui instalações próprias de envelhecimento e engarrafamento da aguardente. A destilação é processada na Quinta do Rol, seu parceiro.
O esforço de comercialização é muito grande e cada vez mais intenso, contrariando as tendências de decréscimo, bem como se aposta cada vez mais na investigação levada a cabo pela Estação Vitivinícola Nacional – Instituto Nacional de Investigação Agrária de Dois Portos.
“Solos
As vinhas que se determinem à produção de vinhos dos quais se resulte a aguardente vínica de qualidade com direito à denominação Lourinhã são instaladas sobre os solos mediterrâneos pardos ou vermelhos, normais ou para barros de arenitos finos, argilas e solos calcários vermelhos em marga, solos litólicos de arenitos, aluviossolos modernos e padzois.
Castas
As castas a utilizar são as seguintes:
Castas recomendadas
Brancas: Alicante- Branco, Alvadurão, Boal, Espinho, Marquinhas, Malvasia Rei e Tália
Tinta: Cabinda
Castas autorizadas
Brancas: Cercial, Fernão- Pires, Rabo-de-Ovelha, Síria (Roupeiro), Seara-Nova e Vital
Tinta: Carignam, Piriquita e Tinta-Miúda
Praticas Culturais
As vinhas são estremes, conduzidas em forma baixa, em taças ou cordão. As práticas culturais utilizadas são as tradicionais na região e as recomendadas pela Comissão Vitivinícola Região da Lourinhã tendo em vista a obtenção de produtos de qualidade.
Vinificação
Os vinhos a destilar serão elaborados em adegas inscritas na C.V.R.Lisboa o seu teor alcoólico em volume natural será no máximo 10% e sem adição de conservantes artificiais.
Conservação e Destilação
A destilação do vinho pode ser efectuada por sistema contínuo em coluna de cobre e o teor alcoólico do destilado não poderá ser superior a 78% no 1ºcaso e 72% no 2ºcaso.
Envelhecimento
O envelhecimento efetua-se na região, em barris de carvalho com capacidade até 800 litros. As Aguardentes Lourinhã não podem ser comercializadas antes de cumpridos 24 meses de envelhecimento.
Características químicas e organolépticas
As aguardentes vínicas da região da Lourinhã devem apresentar as características químicas e organolépticas definidas na lei e no regulamento interno da CVRLisboa. Não são autorizados quaisquer tipo de aditivo à exceção da água destilada para a redução do título alcoométrico até um mínimo de 38% vol., e caramelo até um máximo de 2%.” ( Dados da Adega Cooperativa da Lourinhã)
Designações das aguardentes | |
Conta / Idade | Designação |
1 | ___ |
2 | Três Estrelas ou V.S. (Very Superior) |
3 | Very Superior |
4 | V. O. (Very Old) ou V.S.O.P. (Very Superior Old Pale) ou Reserva |
5 | Extra ou X. O. (Extra Old) |