QUINTA DA ALORNA Uma história que vale a pena visitar.
UMA PARAGEM ACONSELHADA: Quando se vai para Almeirim à Sopa da Pedra, pela entrada da EN 118 existe uma Wine Shop do lado direito da Quinta Da Alorna. Pelo requinte da decoração da loja, pela história associada e acima de tudo pela extrema relação qualidade/preço dos seus vinhos merece uma visita atenta de quem lá passa, até porque os preços praticados costumam ser um pouco mais baixos em relação a garrafeiras, grandes superfícies e pequeno comércio. Uma sugestão. Horário: De Terça a Sábado das 10:00 – 12:30 / 14:00 – 18:30 Domingos e Feriados das 10.00 – 12.30 / 14.00 – 18.00, fechada às 2ªs feiras.
Aqui bem perto, a história da Quinta da Alorna remonta ao século XVIII, e nela se entrelaçam gerações das várias famílias que aqui viveram, enriquecendo e beneficiando a propriedade. Falar da Quinta da Alorna, outrora Quinta de Vale de Nabais, é falar de memórias já antigas que de geração em geração vêm sendo relembradas à lareira de um solar que tantos donos já conheceu…É falar de batalhas e conquistas numa Índia distante, de derrotas e vitórias, de praças e prémios de sofrimento e louvor… Tempos de rajás, reis e poetas, tempos de políticos e exilados, de negociantes e agricultores tempos que nós homens de hoje aqui vivemos quando a olhamos, saboreando a lezíria a perder de vista.
A Quinta deve o seu nome ao primeiro proprietário, D. Pedro de Almeida, Vice-Rei da Índia, a quem D. João V concedeu o título de I Marquês de Alorna por actos de bravura na tomada da praça forte de Alorna, na Índia. Tendo comprado o Casal de Vale de NAbais em 1723, quando regressou a Portugal D. Pedro de Almeida fez dele o núcleo central de um vasto grupo de propriedades onde plantou as primeiras vinhas, mudando-lhe o nome para Quinta da Alorna. O Ribatejo é, desde sempre, uma região rica e apetecida, graças às férteis lezírias, ideais para a agricultura e criação de gado. E Almeirim era então conhecida pela qualidade da sua caça, muito frequentada por nobres e fidalgos, que aqui passavam tempos de lazer.
No palácio da Quinta, de estilo sóbrio, mas distinto erguendo-se de frente para o Tejo, iluminado pelo sol de fim de tarde onde ainda hoje reluz o brasão dos Almeida Portugal, nasceram e viveram várias gerações de Alornas, incluíndo D. Leonor (1750-1839), Marquesa de Alorna, notável poetisa e pintora, que aqui escreveu algumas das obras que a tornariam famosa. Assim nasceu a Quinta da Alorna.
Muito perto de três séculos de história e Vinhos a partir do Tejo.