Afinal, porque é que o vinho nos faz tão felizes?
Provar um bom vinho pode ser uma ocasião perfeita para praticar uma das práticas mais correlacionadas com a felicidade “o savouring”.
Savouring, ou em português, saborear, traduz-se pela capacidade de apreciar cada momento, senti-lo, cheirá-lo, entendê-lo e absorvê-lo em todas as suas dimensões, viver em plenitude com e na experiência.
Mas há mais,
Enquanto humanos, estamos quimicamente ligados por neurotransmissores que produzem e enviam sinais para o nosso corpo , esses sinais controlam o nosso comportamento, emoções, pensamentos e processos. E entra o vinho, o vinho é feito de componentes que afectam directamente os nossos neurotransmissores e por consequência, o nosso comportamento e emoções, basicamente o vinho é uma espécie de TPM com a vantagem que podemos escolher o dia.
Quando mencionamos neurotransmissores, os que têm mais impacto na nossa felicidade são a dopamina, serotonina, endorfina e a oxitocina, promete-se profundidade sobre este tema noutro artigo, hoje não vim cá para isto.
De uma forma geral, ter um estado de espírito positivo, impacta significativamente a nossa neuro química, com efeitos na nossa motivação, produtividade e sensação de bem-estar, mas o que a ciência nos diz é que se estivermos trombudos, mal amados e ressabiados, há formas de intencionalmente activar os neurotransmissores da felicidade, o vinho é uma delas.
O vinho afecta directamente os nossos compostos, aumenta a libertação de dopamina e serotonina no nosso cérebro fazendo-nos sentir bem, eufóricos e felizes, impactando os nossos neurotransmissores, nomeadamente os da excitação, entusiasmo e desinibição. Todos temos aquele amigo e as fotos daquela noite.
E além de o bebermos em momentos de alegria, celebração, perda e saudade, o vinho tem este dom, esta manifestação de dádiva expressa na sua capacidade de nos deixar sempre, sempre, um bocadinho mais felizes.
P.S.: beber com moderação, o vinho ou qualquer outra bebida alcoólica em excesso provoca no nosso cérebro o efeito contrário, anulando a dopamina e a serotonina, conduzido a estados depressivos.
The Lady and Red
[Cristina Nogueira da Fonseca]