Mulheres, as novas stakeholders
Como não gosto de levantar falsos testemunhos, começo com factos:
– A maioria de estudos ao consumidor, nomeadamente ao perfil do consumidor de vinho, já nos diz que não existem diferenças de género, ou seja os homens já foram apanhados pelas mulheres – Hurrayyy, primeiro no vinho, depois no mundo!
– Outros estudos indicam que nos últimos anos a taxa de crescimento de consumo de vinho pelas mulheres aumentou 7 vezes quando comparado com o crescimento homólogo.
– Em 2013, dois estudos um norte-americano e outro inglês confirmavam que 52% e 73% das mulheres apresentavam o vinho como a sua bebida alcoólica preferida, contra os 20% e picos que a cerveja assumia em ambos os estudos.
– Um outro estudo indica-nos que as mulheres são responsáveis pela compra de 57% do total de venda de vinhos.
O que até faz sentido, se tivermos em conta que as mulheres continuam a ser o elemento responsável pelas compras, mas a diferença é que agora não só o estamos a comprar, como o estamos a beber- So proud of us!
Com as mulheres a dominarem um tão grande market share na compra de vinho, esta é a hora das produtoras vinícolas nacionais e internacionais as encararem com um dos seus mais importantes stakeholders.
A cultura social do consumo de vinho está claramente a mudar, não só pela emancipação feminina, pelo seu poder de compra, pela liberalização social e emocional no consumo do mesmo como pelo mercado sexy e trendy que é hoje o do vinho. Como evidência disso, temos algumas das mais prestigiadas adegas nacionais a associarem a sua produção a enoturismos de luxo, apostando na criação de uma experiência única de sensações, experiência e de requinte. Everybody wants a piece of that.
Ora esta é a época do vinho elegante, sedutor, paixão, do vinho emocional, está é a era do vinho para a mulher. A era da Mulher, no vinho.
E por mim, os boys podem continuar a ser boys, pelo menos enquanto tiver vinho para aceitar o que não posso mudar.