Os anos terminados em “7” normalmente são anos de grandes safras em termos vinícolas.

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Este não será exceção, com a particularidade das colheitas ocorrerem quase duas semanas mais cedo em relação ao ano anterior, atingindo-se maturações perfeitas!!!

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Até na Ilha do Pico, Açores, jamais alguém se lembrará, mesmo tratando-se de uva branca, de se vindimar no mês de Agosto, mesmo tendo em conta que ocorreu nos últimos dias.

Por seu turno, a Região de Vinhos de Lisboa, beneficiando de ventos atlânticos, de algum arrefecimento noturno e depois aquecimento durante o dia, trouxe este ano uvas com enorme equilíbrio em termos de açúcar-acidez!

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No Parque Vitícola de Lisboa

Alenquer: Quinta do Pinto, Quinta do Lagar Novo e Quinta de S Bartolomeu

Quinta do Gradil – Cadaval

Mafra – Quinta do Cerrado da Porta

Este ano até dará para efetuar experiências vínicas, tomar diversas opções em termos de blends ou monovarietais, de tudo se pode esperar neste bonançoso ano de 2017.

Dão – Quinta de Silvares

As regiões do Dão e Beira Interior também auguram frutos em maturações perfeitas, com frutos estruturados, os bagos tintos plenos de polifenóis, ideais para vinhos tintos mais encorpados.

Beira Interior – 2.5 Vinhos de Belmonte

Na região do Algarve, temos também e mais uma vez cerca de 3000 horas de insolação, o que provocou a necessidade de se começar em alguns casos, a vindimar ainda em Julho.

Na zona de Tavira foi mais tarde, dado termos um solo mais argiloso e mais exposto a brisa marinha.

Agrolares – Tavira – Marchalégua

A Bairrada também iniciou em Agosto as suas vindimas. O meu amigo Miguel Ferreira, autor das fotos, traz vindimas de Pinot Noir e Sauvignon Blanc.

O mesmo sucedeu na região de Vinhos Verdes, aquela que regista maior pluviosidade anual, mas que este ano teve maiores períodos de insolação.

Alentejo foi um tempo tórrido, onde se temeu devido à falta de água, algumas perdas, pois os estames da flor fecharam, mas por exemplo na Vidigueira, e em Vinhas Velhas, lá se colheram excelentes frutos que irão fazer as delícias dos apreciadores de grandes vinhos brancos.

Temos ainda o Douro, onde se tivermos latadas de vinhas velhas nem sequer se conseguem quantificar as castas, mas mais uma vez verificaram-se maturações no ponto, plenas de acidez nas uvas e que darão vinhos brancos complexos e até para guarda.

Região do Tejo – Tomar

Por fim, no caso de uvas tintas, iremos assistir e dado os graus extremos que irão atingir, produzir-se-ão tintos com muito grau, com cerca de 10-15% a rondarem os 16-17º, disparando assim os pedidos às CVR’s e IVV para permitirem realizar estes lotes.

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Votos de continuação de boas colheitas a todos os Protudores e Viticultores de Vinhos Portugueses!