CONTACTOS MORADA / ADRESS: Monte da Casteleja Cx Postal 3002-I 8600-317 Lagos PORTUGAL TELF / FAX : 282 798 408 E-MAIL – info@montedacasteleja.com

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O produtor, Guillaume Abel Luís Leroux, detentor duma Licenciatura em Viticultura-Enologia 1990 – Montpellier- França e duma – Pós Graduação em Viticultura-Enologia 1995 – Escola Superior de Biotécnologia do Porto em colaboração com a Universidade Charles Sturt-(Wagga Wagga)-Austràlia, teve um percurso antecedente pelo Douro até se instalar no Algarve com um projecto próprio desde 2000.

 

O projecto consiste na plantação de 3ha de vinha, na sua propriedade , com vista á produção de vinhos de qualidade superior, com estilo e personalidade, onde procura recriar o vinho do produtor, aliando tecnologia com técnicas ancestrais de fazer o vinho, (pisa em lagar, maceração com engaço, envelhecimento em tonéis).

 

Fez percurso pela TAYLOR FLADGATE & YEATMAN entre Maio 1991 eJunho 1992, foi responsàvel pela organização e trabalho da equipa técnica do Douro, Vinhos do Porto S.A. MONTEZ CHAMPALLIMAUD LDA, entre Junho 1992 e Junho 1996, foi Director-Adjunto, Responsável por todas as explorações que constituem esta empresa, nomeadamente, Quinta do Côtto – Vintages, V.Q.P.R.D. Brancos e Tintos , Reserva : “Grande Escolha” Quinta do Paço de Teixeiró Vinho Verde Branco e QUINTA DO TEDO, entre Dezembro 1994 e Julho 1996, como Consultor técnico, responsável pelo plano de reestruturação do vinhedo e da adega, com vista à produção de vinhos de alta qualidade classificados como “Vintage”.

 

A Viticultura no Algarve

 A viticultura é uma actividade muito antiga que remonta ao período dos romanos. cuja presença tem vestígios deixados nas áreas circundantes da quinta e até mesmo dentro dela, através de variados pedaços de cerâmica e mosaicos encontrados. Os arqueólogos  acreditam que Lagos, inicialmente chamada de “Lacobriga” nasceu neste vale com o mar chegando muito perto da propriedade nessa época.

Quando os mouros invadiram a península Ibérica a aqui ficaram por muitos séculos, eles continuaram a actividade do cultivo da vinha e também trouxeram novas culturas como a amendoeira e figueira. Foram eles também os pioneiros a desenvolver os sistemas de irrigação por gravidade, ainda existentes na quinta. A conquista pelos portugueses fez aumentar a produção de vinho que através da excelente localização de Lagos era exportado para diversos países.

 

No início do séc. XX, durante a infecção da filoxera, uma doença que destruiu quase todos os vinhedos da Europa, os produtores de vinhos do Porto para satisfazer as suas encomendas , vieram comprar milhares de litros de vinho ao Algarve pela sua excelente qualidade.

 

Actualmente no Algarve a área de vinhas tem de cerca 3.000ha, e as uvas são transformadas em vinho por cooperativas e produtores independentes. A região do Algarve tem 4 Regiões de Origem Demarcada : Lagos, Portimão , Lagoa , Tavira, cada uma com diferentes variedades de castas e solos preenchendo uma estreita fatia de terra bem perto do mar.

Casta Bastardo

Casta Bastardo

A Lenda das Amendoeiras

amendoeira em flor
Há muito tempo, antes da independência de Portugal, quando o Algarve pertencia aos mouros, havia ali um rei mouro que desposara uma rapariga do norte da Europa, à qual davam o nome de Gilda.

Era encantadora essa criatura, a quem todos chamavam a “Bela do Norte”, e por isso não admira que o rei, de tez cobreada, tão bravo e audaz na guerra, a quisesse para rainha.

Apesar das festas que houve nessa ocasião, uma tristeza se apoderou de Gilda. Nem os mais ricos presentes do esposo faziam nascer um sorriso naqueles lábios agora descorados: a “Bela do Norte” tinha saudades da sua terra.

O rei consegui, enfim, um dia, que Gilda, em pranto e soluços, lhe confessasse que toda a sua tristeza era devida a não ver os campos cobertos de neve, como na sua terra.

O grande temor de perder a esposa amada sugeriu, então, ao rei uma boa ideia. Deu ordem para que em todo o Algarve se fizessem plantações de amendoeiras, e no princípio da Primavera, já elas estavam todas cobertas de flores.

O bom rei, antevendo a alegria que Gilda havia de sentir, disse-lhe:

– Gilda, vinde comigo à varanda da torre mais alta do castelo e contemplareis um espectáculo encantador!

Logo que chegou ao alto da torre, a rainha bateu palmas e soltou gritos de alegria ao ver todas as terras cobertas por um manto branco, que julgou ser neve.

– Vede – disse-lhe o rei sorrindo – como Alá é amável convosco. Os vossos desejos estão cumpridos!

A rainha ficou tão contente que dentro em pouco estava completamente curada. A tristeza que a matava lentamente desapareceu, e Gilda sentia-se alegre e satisfeita junto do rei que a adorava. E, todos os anos, no início da Primavera, ela via do alto da torre, as amendoeiras cobertas de lindas flores brancas, que lhe lembravam os campos cobertos de neve, como na sua terra.

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