São utilizados em inúmeras receitas, tem um sabor delicado, poucas calorias e são particularmente ricos em ácido fólico, além de possuírem propriedades diuréticas.
Os Espargos são bastante apreciados na gastronomia Alentejana.
Omelete de espargos Silvestres
INGREDIENTES
- 1 molhinho de espargos selvagens
- 6 ovos
- Sal q.b.
- Pimenta q.b.
- Azeite q.b.
PREPARAÇÃO
Lavam-se os espargos, de seguida cortam-se em pedaços, deixando as cabeças inteiras.
Levam-se a ferver durante 2 ou 3 minutos em água com um pouco de sal. Depois escorrem-se bem num passador.
Batem-se muito bem os ovos com o sal e a pimenta, e adicionam-se os espargos, envolvendo muito bem.
Leva-se uma frigideira antiaderente ao lume com um pouco de azeite para aquecer.
Quando estiver quente deitam-se os ovos, que se deixam prender, começando lentamente a enrolar a omeleta, deixando-a cozinhar enquanto se enrola.
Serve-se simples com um bom pão ou com uma salada de alface, só levemente temperada.
Vinhos Recomendados
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Escolhas de Vinhos – Caracteristicas Principais
Podem-se apanhar os Espargos Selvagens a partir de janeiro até finais de março, meados de abril, aparecem em muita quantidade nas zonas onde a terra não é mexida.
Ciclo simplificado
Comem-se crus, cozidos, assados, grelhados. Brilham a solo, temperados com azeite, sal e pimenta. Aceitam um encontro a dois com um pedaço de queijo feta ou raspas de parmesão. Mergulham em sopas e tortilhas sem medo e elevam banais ovos mexidos à categoria de um acontecimento.
Há uma vintena de variedades comestíveis. Os verdes são os mais comuns. Os brancos provêm da mesma planta, mas são cobertos de terra quando começam a crescer e completam o crescimento no subsolo, sendo os mais tenros e usados para conserva. Há ainda uma variedade roxa, com espargos mais pequenos e doces, perfeitos para saladas.
Os espargos são fonte de vitamina C e B1, para além de uma excelente fonte de ácido fólico. Cada 100 g de espargos tem 25 kcal.
Origens divinas…
Os espargos são degustados desde a Antiguidade. Sabe-se que os gregos usavam as variedades selvagens para fins medicinais e os romanos os apreciavam como um presente divino.
Eram tão cobiçados que, no século IV, o Imperador Diocleciano se viu obrigado a fixar-lhes um preço máximo.
Séculos mais tarde, conta-se que terá sido uma das plantas “exóticas” que a princesa Catarina de Médicis levou consigo de Itália quando se casou com o futuro rei de França.
Os espargos eram grandemente apreciados na corte francesa, tanto que Luís XIV chegou a condecorar o jardineiro por ter conseguido a proeza de cultivá-los o ano inteiro nas estufas de Versailles.
Actualmente, China, Peru, EUA e México são os maiores produtores deste distinto vegetal.
…Usos pagãos
Os espargos constam de um manual sexual árabe do século XV, da autoria de Muhammad al-Nafzawi’s, intitulado “O Jardim Perfumado”, com receitas afrodisíacas.
Outra curiosidade: no século XIX eram servidos três pratos de espargos às noivas francesas no jantar pré-nupcial.