A visita à Xavier Santana revelou-nos um produtor com vontade de singrar em vinhos de qualidade e essencialmente apostado na riqueza das castas da região. Para mim, os seus grandes vinhos são precisamente os que têm as castas nativas, como o Castelão, a Fernão Pires, a Arinto, a Moscatel Graúdo e Moscatel Rôxo.
Para complementar a visita fomos brindados com um fabuloso histórico Moscatel Xavier Santana 1943 que me soube como ir ao céu, ficar lá muito tempo e voltar volvidas muitas horas.
A Xavier Santana é um dos históricos, e o Senhor Xavier Santana a par de muitos homens produtores de vinho na Península de Setúbal, eram pessoas muito à frente do seu tempo!
Fica mesmo nas faldas do monte onde se situa o Castelo de Palmela.
Têm o grande mérito de aliar os vinhos que efetivamente identificam a região com vinhos de excelente relação qualidade-preço, à introdução de castas estrangeiras em lotes especiais com ótimos resultados.
Mas o forte aqui além dos vinhos DO Palmela são os excelentes moscatéis que aqui se produzem que nos remetem para outra dimensão.
Existente desde 1926, o produtor assumiu estrutura empresarial nos anos 70, dedicando-se essencialmente à comercialização de vinho a granel e azeitona de mesa.
A pressão do mercado, fez com que há perto de 25 anos tenha sido efetuado forte investimento no sentido de engarrafamento dos próprios vinhos.
Com o engarrafamento dos seus vinhos, a Xavier Santana apresentou-se ao consumidor com a marca de vinho de mesa Casta Rica, à qual se seguiu a marca Xavier Santana para vinho generoso, e mais recentemente, as marcas Terras da Vinha e Quinta do Monte Alegre, vinhos de Indicação Geográfica ‘Península de Setúbal’ e ‘Palmela D.O.’ respectivamente – os quais vieram a assinalar um novo patamar evolutivo na história da empresa.
ALGUM PORTEFÓLIO