Achados arqueológicos sugerem que o cultivo de vinhas na Republica Moldova começou em pelo menos 3.000 anos AC.
A viticultura é muito importante hoje, sendo responsável por 30% da receita de exportação do país.
Com grande potencial para vinhos de qualidade, o país possui 4 IGP ou regiões demarcadas, paisagem levemente ondulada e clima moderado pela brisa do Mar Negro.
Há 2500 anos os colonizadores gregos descobriam naquela região a cultura do vinho, que tornou atividade chave na economia da antiga Grécia.
Houve grande impulso de evolução da vitivinicultura durante o Império Romano ocupou o território Moldavo.
Esta importante influência é confirmada por uma extensa terminologia atual.
Na Idade Média já havia regras que regiam os vinhedos para garantir a qualidade do vinho, no século 14 vendiam vinhos para a Polônia, Rússia, Turquia e Ucrânia, criando a tradição de exportador de vinhos e uvas.
Um novo estágio na vitivinicultura começou após a anexação da Moldávia à Rússia em 1812, quando a nobreza russa começou a importar videiras da França.
Com isso a Moldávia tornou-se a maior produtora de vinhos da Rússia, com 50% da produção.
Vinhos foram exportados para diversos países, incluindo a França, que sofria com a Phylloxera.
As regiões produtoras foram demarcadas, os vinhos da Moldávia foram além de suas fronteiras.
A microzona Purcariana no distrito de Bender ficou conhecida pelos vinhos tintos.
A grande qualidade dos vinhos foi reconhecida com medalha de ouro na International Parisian Exhibition em 1878.
No começo do século 19 o vinicultor P.K. Kazimir visitou a França e trouxe vinhas francesas, plantadas próximo à vila Milesti Mici.
Nesta região havia minas abandonadas que foram usadas como caves.
Durante todo o século XIX o vinho Negru de Purcari foi enviado para Casa Real do Reino Unido.
No final do século, a família real fundou sua própria vinícola, Romaneshti, em honra da família Romanov.
A qualidade do vinho o fez conhecido e enviado para outros tronos europeus.
Em 1914 já eram organizadas feiras de vinhos.
Uma escola de vinicultura foi aberta em 1842, e foi a primeira instituição a lecionar sobre o tema na Moldávia.
Em 1950 as vinícolas começaram a ser restauradas. As adegas e caves foram unidas e ampliadas.
Atualmente Cricova, Milestii Mici são as maiores caves subterrâneas do mundo e Branesti e a maior cave subterrânea da Moldova (Moldavia).
Existem cidades inteiras com caves espalhadas por muitos quilômetros, onde milhões de garrafas de outras safras são guardadas.
No começo da década de 60 iniciou-se a produção de vinhos semi-secos e doces, com grande sucesso.
Para satisfazer a demanda de seus vizinhos mais próximos, novos vinhedos e vinhos foram desenvolvidos, que rapidamente conquistaram o mercado russo e a demanda tem sido grande desde então. O sucesso vem do moderado teor de álcool e açúcar, que dá aos vinhos leveza e frescura.
A vinicultura moldava tomou um novo impulso de desenvolvimento de 1960 a 1980.
Neste período os vinhedos e a produção de vinhos foram diversificados, o fornecimento aos soviéticos aumentou.
No auge da vinicultura, a área plantada de vinhedos era de 220 mil hectares, produzindo cerca de 42 milhões de decilitros de vinho.
Em meados dos anos 80 a produção de vinhos foi duramente atingida pela “Proibição”, quando centenas de hectares de vinhedos foram arrancados e a luta contra o alcoolismo derrubou o valor do vinho.
Esta tragédia nacional causou danos culturais e económicos, as áreas de produção caíram para um terço.
Começando nos anos 90, o renascimento e desenvolvimento da qualidade da produção industrial de vinhos na Moldávia tornaram-se os principais fatores de sucesso económico.
A Moldova ( Moldàvia ) era a metade oriental da Moldávia romena e 2/3 da população ainda fala romeno.
Foi anexada pela Rússia em 1812, e os czares encorajaram o cultivo de cepas europeias.
Durante o período comunista, 240.000ha de vinhas foram plantados para saciar a sede da União Soviética; contudo, a campanha anti alcoolismo de Gorbatchev levou ao arranque de vastas áreas nos anos 80.
Hoje existem em torno de 450.000ha de uvas viníferas, e cerca de 70% da produção é de brancos.
Atualmente, 90% da produção do país é exportada para todo mundo e muito pouco a mercado russo devido ao embargo.
Produtores estao virados para o mercado ocidental, visto que já não interessa o mercado russo.
4 Comentários
Vasilii
7 anos atrásMuito bem meninos, mas se precisarem de mais informações, cá estou ao vosso dispor. Falta falar de pequenos produtores 😉
De qlq forma – bravo!
Jorge Cipriano
7 anos atrásÉ muito importante para o Clube de Vinhos Portugueses que os seus artigos informam e agradam aos seus leitores. Cumprimentos. Jorge Cipriano