A importância do som duma rolha de cortiça ao abrir uma garrafa
Numa parceria entre a Universidade de Oxford e APCOR, revelou-se a importância do som duma rolha de cortiça ao abrir uma garrafa!
Paralelamente revelou-se que a rolha de cortiça acrescenta muito melhor qualidade ao vinho em envelhecimento !
Realizado em Londres, obtiveram-se resultados desse estudo.
Os participantes consideraram que o vinho tem melhor qualidade (+15%) depois de ouvirem o som da rolha de cortiça ao abrir uma garrafa de vinho.
A importância do som duma rolha de cortiça ao abrir uma garrafa poderá até ter um efeito de relaxamento, aumentando até a curiosidade de conhecer o vinho dentro da garrafa.
Estas conclusões foram resultado de uma experiência sensorial em que cada participante provou dois vinhos idênticos e deu-lhes uma classificação.
Em simultâneo escutava ou o som de uma rolha de cortiça a sair da garrafa, ou o som de uma cápsula de alumínio.
Seguidamente, foi-lhes pedido que abrissem ambas as garrafas e as classificassem de novo.
Também se conclui do estudo que o vinho vedado com rolha é mais apropriado para a celebração (+20%) e mais incitador ao espírito de festa (+16%).
Charles Spence, responsável pelo estudo da universidade britânica afirmou:
“Os nossos sentidos – audição, visão e tato – estão intrinsecamente ligados à forma como saboreamos.
O som e a visão de uma rolha de cortiça a saltar de uma garrafa define as nossas expectativas.
Ainda antes de o vinho tocar nos lábios, e essa expectativa vai afetar a nossa experiência degustativa.
Estes resultados enfatizam a importância dos vedantes do vinho, e deixam bem evidente a relação que estabelecemos, ainda que inconsciente, entre a rolha de cortiça e a qualidade do vinho”.
A experiência foi promovida pela APCOR, revelou pois, a importância do som duma rolha de cortiça ao abrir uma garrafa.
A iniciativa foi inédita na capital inglesa, e os participantes puderam entrar no mundo sensorial da degustação do vinho com esta outra vertente.
Recorde-se que 7 em cada 10 garrafas de vinho produzidas em todo o mundo são seladas com uma rolha de cortiça.
Em termos mundiais, 86% dos consumidores afirma preferir vinho vedado desta forma.
Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR)
Fundada em 1956, a Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR) está no mercado há 60 anos e é hoje a única associação patronal do setor em Portugal.
Sediada no coração da indústria da cortiça, no concelho de Santa Maria da Feira, a APCOR representa atualmente 270 empresas.
Responsáveis por 80% do volume total de negócios do sector e 85% das exportações portuguesas de Cortiça .
É presidida por João Rui Ferreira.
São representante de um dos setores mais preponderantes da economia portuguesa.
Por isso, a APCOR tem como missão promover e divulgar a indústria no país e no mundo.
Grandes vantagens da rolha de cortiça
Agora que sabe sobre a importância do som duma rolha de cortiça ao abrir uma garrafa, procure vinhos assim vedados.
A cortiça tem a principal vantagem de eficiência.
Em adição é ecológica, visto poder ser reutilizável ao longo de inúmeros ciclos.
Depois ainda é muito mais durável e menos suscetível de degradar, por exemplo, com o calor.
Tem ainda a screw-cap que apenas se justifica em vinhos de consumo imediato.
Talhados para esplanadas, a sua maioria servida por muitos que não sabem abrir corretamente uma garrafa com rolha de cortiça.
6 Comentários
Júlio Torres
6 anos atrásA rolha de cortiça é sempre a melhor solução de forma a proteger um bom vinho. Mas a rolha feita em granulado não me parecer ser uma boa solução para qualquer vinho.
Jorge Cipriano
6 anos atrásCaro Júlio torres. como qualquer coisa, existem vantagens e desvantagens em cada opção. Se pretende uma rolha expansível com o vinho e permita muitos anos de estanque, então o aglomerado é o ideal. Veja-se as de espumante, que aguentam qualquer coisa como 6 bar de pressão. As planas, diretas, têm a desvantagem de termos que esperar 9 anos para extrair cortiça. Por outro, em vinhos tranquilos de grande envelhecimento é vantajosa, pois, resiste mais à oxidação e acidificação do vinho. Cumprimentos.
João Pinto
6 anos atrásBoa Joaquim, provou ser entendido, de facto é o mal menor.
O mercado hoje por hoje, o que nos apresenta é a rolha em aglomerado, o que não me satisfaz.
È o que vamos tendo, minorar custos, etc,etc.
Aposto na qualidade, da nossa da nossa boa rolha de cortiça. ( CORTIÇA A SÉRIO )!!!
Jorge Cipriano
6 anos atrásCaro João Pinto.
Antes de mais deixo-lhe um voto de Bom Ano Novo 2019. Aqui até se trabalha em feriados .
Sou acérrimo defensor de rolha de cortiça nos vinhos.
Aceito e compreendo screw-cap em vinhos para esplanadas, porque infelizmente temos péssimos executantes na restauraçãoi (80% ) quer no serviço de vinho quer nas temperaturas.
Onde posso “atacar ” no bom sentido ? O Consumidor.
Dada a maior escassez de sobrado, cada vez mais temos que produzir aglomerados. O aglomerado tem a vantagem de delatar mais facilmente, tal como servem as juntas de dilatação em pontes, por exemplo.
A casca é retirada do Sobreiro em cada 9 anos. E se visitar por exemplo a Quinta do Sanguinhal, além da belíssima experiência têm lá uma explicação dos ciclos do sobreiro.
Mas rolha de cortiça é o mais adequado a vinhos, especialmente os que se pretendem guardar.
Novamente, grato pela atenção dispensada.
Cumprimentos.
Jorge Cipriano
Joaquim A. Trancoso Rodrigues
6 anos atrásROLHA DE CORTIÇA DE UMA SÓ PEÇA, PENSO SER MELHOR DO QUE FEITA DE GRANULADO.
A ROLHA DE CHAMPANHE OU ESPUMANTE É FEITA DE DUAS PARTES UMA DE GRANULADO E A PARTE EM CONTATO COM O VINHO DE CORTIÇA INTEIRA. JULGO TER ENTENDIDO QUE QUALQUER DAS VERSÕES DE CORTIÇA OU AGLOMERADO OU MISTA É SEMPRE MELHOR DO QUE OUTRAS ROLHAS OU TAMPAS FEITAS DOUTROS MATERIAIS, QUE SÓ SE JUSTIFICAM SE FOREM PARA VINHOS DE CONSUMO IMEDIATO. COMO NÃO SE SABE QUAL O TEMPO DE CONSUMO IMEDIATO, O MELHOR É VINHO ENCAPSULADO COM COM CORTIÇA. ENTENDI BEM ?
Jorge Cipriano
6 anos atrásBoa noite, Joaquim Trancoso. Se pretende grandes vinhos, especialmente envelhecendo bem em garrafa por alguns anos, a rolha de cortiça é o melhor material. Em aglomerado é mais resistente a altas temperaturas, pois, cada partícula tem folga de expansão do material. Veja-se o caso dos espumantes ou champanhe. O principal é garantir estanque e entrada de oxigénio que por certo degradará mais rápido os vinhos. Abraço . Jorge Cipriano