A praga da Filoxera em Portugal
Sobre a praga da Filoxera em Portugal, pode dizer-se que apesar de atualmente erradicada, nada significa que não torne a fazer os estragos que fez no Século XIX.
- A Pemphigus vitifoliae (insecto responsável pela Filoxera) foi identificado, supostamente, em 1854 nos Estados Unidos.
- Em 1868, Jules Planchon identifica, pela primeira vez, em França, esse mesmo insecto e, julgando estar a descobrir algo de novo, atribui-lhe o nome de Phylloxera vastatrix, sinónimo ainda hoje utilizado, por vezes na Europa e que deu origem ao termo Filoxera.
Como chegou
Como chegou à Europa, o referido insecto, actualmente classificado como um hemíptero da família Phylloxeridae, as opiniões dividem-se:
- Através de plantas ornamentais;
- Através de videiras provenientes da América,
- Outras
Os prejuízos foram imensos há, inclusivamente, interessantes registos sobre A praga da Filoxera em Portugal a esse respeito e, a solução encontrada para a resolução dessa terrível pandemia que estava a dizimar os vinhedos europeus foi, de facto, enxertar a videira europeia em cavalo americano. graças à enorme resistência desta espécie à Filoxera que ataca precisamente, a parte subterrânea das videiras.
Ou seja, as raízes.
Possíveis Causas
Portanto, a causa da Filoxera é um insecto muito específico e não a videira americana.
Qual foi o primeiro hospedeiro desse insecto para a Europa, há dúvidas embora se tivesse estudado que teriam sido plantas ornamentais.
Existem artigos que defende essa hipótese.
De qualquer forma, a praga não resulta, de facto, da videira americana, embora seja o seu principal hospedeiro.
A videira americana foi, de facto a solução. Não a causa. Solução essa, que se mantém até aos dias de hoje.
Resumindo, a videira americana não é, efectivamente, a causa da Filoxera, mas a solução encontrada para ultrapassar essa praga.
Quando muito teria sido um dos hospedeiros.
Portanto, atibuir-se à videira americana a causa da Filoxera, além de incorrecto é uma enorme injustiça para uma espécie vegetal que nos salvou da destruição dos nossos vinhedos.
Fonte e agradecimentos: Sr. Engº Duarte Lobo