A sociedade portuguesa e as políticas marítimas nacionais na pesca do bacalhau
Portugal é sinónimo de mar e Descobrimentos. A sociedade portuguesa e as políticas marítimas nacionais na pesca do bacalhau existiam, pelo facto de ser um excelente treino, o Atlântico Norte, para as guarnições que embarcavam nas naus portuguesas !
“Um jardim à beira mar plantado ” marcado pelas envolvências marítimas do seu povo “dividido entre o medo e o desejo de desbravar o mar”.
As pimentas !
Em parte devido ao deslumbramento e à veneração com que encaravam o mar, para alcançar o futuro.
Futuro esse marcado pelo mito português do mar e da saudade inscrito no imaginário lusitano.
Receita: Bacalhau Cremoso com Gambas
Por João Pereira, Chefe de Cozinha doQuality Hotel Caramulo
Ingredientes:
- 1 kg de gambas
- batatas não muito fritas (palha)
- 4 postas de bacalhau
- 3 cebolas
- 3 dentes de alho
- 2 colheres de (sopa) de manteiga
- 7 ou 8 colheres de (sopa) de azeite
- Flor de sal
- pimenta q.b.
Para o molho Béchamel (para 5 dl de molho):
- 30 grs de farinha
- 30 grs de margarina
- 2,5 dl de leite
- 2,5 dl de água de cozer o bacalhau ou as gambas
- 2 gemas de ovo
- Flor de sal
- pimenta
- noz-moscada q.b.
Confecção :
Ponha num tacho as cebolas às meias-luas fininhas, a manteiga e o azeite, os alhos picados, deixe refogar com o tacho tapado sem deixar queimar.
Em seguida, junte o bacalhau cozido e ás lascas e envolva tudo muito bem.
Junte a batata palha , as gambas cozidas e descascadas, com metade do molho béchamel.
Ponha tudo num pírex, com o restante molho béchamel por cima, polvilhe com um pouco de queijo ralado e, leve ao forno a gratinar.
Quando estiver pronto, enfeite com algumas gambas cozidas, e sirva com salada mista.
MOLHO BECHAMEL:
Derreta a margarina em lume brando.
Polvilhe com a farinha, e deixe cozer e, quando começar a aparecer à superfície uma espuma esbranquiçada adicione o leite misturado com a água do bacalhau ou gambas.
Mexendo sempre, deixe engrossar o preparado.
Retire do lume, e junte as gemas e envolva bem.
Tempere com sal, pimenta e noz-moscada.
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Estes “elementos primordiais da memória portuguesa” são parceiros deste país com uma localização periférica em relação à Europa.
Apesar de aparentemente desfavorável, tornou-se vital para a expansão portuguesa.
Com uma fronteira marítima de 832 km, banhada pelo Atlântico e pelo mar Mediterrâneo, Portugal sente toda a influência marítima na cultura.
O mar constituiu assim, um importante ícone de Portugal ao desempenhar um papel protagonista na sua história.
Rumo ao desconhecido !
O mar além de ser um dos nossos principais recursos naturais é também uma característica fundamental na posição geográfica do país e na sua ligação aos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Este recurso constitui para Portugal, a identidade do país, e como tal está presente na história, na cultura, na literatura, e nas tradições portuguesas.
O mar é assim um dos símbolos de universalidade.
Muitos caminhos marítimos foram já percorridos pelos portugueses, comprovando que todos os mares são um só, “instaurando ligações entre comunidades distantes que, por vezes, nem sequer tinham conhecimento uma da outra.”
Mas foram as expedições para a pesca, o princípio inaugural para que o mar adquirisse toda a carga simbólica que representa na cultura portuguesa.
No entanto, apesar de Portugal ser “país marítimo, nação oceânica e terra de marinheiros”, a comunidade política portuguesa desligou-se do mar.
Portugal desde o século XV, que entendeu que o seu desígnio era zarpar rumo á era dos Descobrimentos, “conquistando regiões e rotas comerciais importantes, desde as ilhas até ao Extremo Oriente, passando pelo Brasil e em África”.
Este destino manteve-se até à queda da ditadura em 1974, através da ocupação das colónias ultramarinas e do programa de propaganda e exploração comercial ao serviço do regime do Novo Estado.
A sua vocação transatlântica, tantas vezes expressa, está inscrita no património identitário e cultural do povo português, composto de ‘heróis do mar’.
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Aliás, Fernando Pessoa questiona “o ‘mar salgado’ acerca do preço que Portugal pagou ‘para que fosses nosso, ó mar’”, ‘preço’ esse, que levou ao afastamento político da nação, que actualmente tenta criar um futuro ligado ao mar Portugal é assim uma “nesga de terra debruada de mar”, como lhe chamou o poeta Miguel Torga, quase seis séculos depois da conquista de Ceuta, em 1415, uma nação marítima, que procura de novo o mar.
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