O Anho Assado com Arroz de Forno é por excelência um “prato de festa”, desde tempos imemoriais, ganhando especial destaque nesta região entre o Douro e o Tâmega onde a pastorícia complementa a atividade agrícola.

Encontrámo-lo por um lado, associado ao repasto que culmina o dia da vindima, sendo servido aos trabalhadores – não raras vezes vizinhos – de pequenas comunidades que se revezavam no espírito de entreajuda nas fainas agrícolas.

Por outro lado, os casamentos, na ementa das “bodas”, contemplava obrigatoriamente o Anho Assado, que muitas vezes, ao invés de se perguntar a data do enlace, se interrogavam para quando o “Convite para o Anho” do matrimónio.

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A história do arroz de forno, típico desta região e que a confraria do Anho Assado com Arroz de Forno promove e defende tem uma particularidade.

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No tempo dos nossos antepassados, sabemos das dificuldades monetárias que se faziam passar por estas terras, terras estas também de barões e baronesas, de patrões e caseiros.

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Como era habitual, nos dias de festa, os caseiros preparavam o anho assado no forno para que pudessem degustar um belo manjar em família.

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No final da refeição, como pouco restava do anho, somente arroz, que também era delicioso, os caseiros encontraram uma forma de poder saborear o anho assado, colocando-o por cima da grelha, para que este ficasse a “pingar” os condimentos e o sabor do anho pelo arroz.

Sabedores dos bons sabores, podiam degustar assim um arroz saboroso, com sabor a anho assado.

Representatividade na alimentação local

É um prato gastronómico do Minho. É o prato de festa do Minho !

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Disponibilidade do produto (em extinção, oferta contínua, recuperação)

Oferta contínua. O Anho Assado com Arroz de Forno está disponível todo o ano no concelho de Marco de Canaveses.

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Com a Rota do Anho Assado com Arroz de Forno, este encontra-se disponível nos vários dias da semana, nos vários restaurantes aderentes a mesma.


Receita

Clique na imagem para aceder à receita

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Vinhos Recomendados


 

Eca de Queiroz

Eça de Queiroz assim escrevia:

“[…] Destapamos o cesto de D. Esteban de onde surdiu um bodo grandioso, de presunto, anho, perdizes, outras viandas frias que o ouro de duas nobres garrafas de Amontilado, além de duas garrafas de Rioja, aqueciam com um calor de sol Andaluz. […]”
Eça de Queirós in A Cidade e as Serras

“[…]Indra só o escutará, só concederá os benefícios rogados, quando em torno ao seu altar certos velhos, de certa casta, vestidos de linho cândido, lhe erguerem cânticos doces, lhe ofertarem libações, lhe amontoarem dons de fruta, mel, e carne de anho […]”
Eça de Queirós in A cidade e as Serras

“[…] e a quinta depois, com sua latadas de sombra macia, a dormente sussurração das águas regantes, os ouros claros e foscos ondulados nos trigais, oferece, mais que nenhum outro paraíso humano ou bíblico, o repouso acertado para quem emerge, pesado e risonho, deste arroz e deste anho […]”
Eça de Queirós in A correspondência de Fradique Marques

“[…] Breves faz o senhor as noites macias do mês de Nizã, quando se come em Jerusalém o anho branco de Páscoa […]”
Eça de Queirós in A Relíquia, pág. 182.