Diz-se que fomos o primeiro povo a introduzir este peixe que é hoje universalmente conhecido, na nossa alimentação.
Receita
Torta de bacalhau pesto de tomate seco canónigos
Chefe Augusto Lima
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Torta de bacalhau pesto de tomate seco canónigos – Versão de Impressão
Diz-se também que português que é português não dispensa um bom prato de bacalhau preparado com os melhores ingredientes e são dezenas as combinações que a nossa gastronomia oferece, agradando a todos os gostos.
Os portugueses descobriram o bacalhau por volta do século XV, época das navegações e tempo das grandes descobertas.
Nessa altura procuravam produtos que não fossem perecíveis e que suportassem longas viagens.
Após várias tentativas com diversos tipos de peixes da nossa costa, descobriram, em 1947 na Terra Nova (Canadá), o bacalhau, encontrando assim a solução para uma alimentação saudável durante as longas jornadas no mar.
O bacalhau foi então apelidado de “fiel amigo”, por estar sempre presente e nunca faltar por não se deteriorar.
Como era mais barato e de maior duração que os peixes habitualmente consumidos pelos portugueses, rapidamente o seu consumo se propagou pela população, tornando-nos no maior consumidor de bacalhau a nível global.
Alguns registos indicam que em 1508 o bacalhau correspondia a cerca de 10% do pescado comercializado no nosso país.
Em 1596, no reinado de D. Manuel, era cobrado o dízimo da pescaria efectuada na Terra nova nos portos de Entre Douro e Minho.
Nesta altura também já se pescava o bacalhau na costa africana.
O bacalhau passava assim a fazer parte dos hábitos alimentares portugueses, sendo ainda hoje uma das principais tradições gastronómicas do nosso país.
Somos o primeiro importador do mundo de Bacalhau da Noruega (reconhecido pela sua qualidade, textura e sabor únicos), o que faz com que este peixe tenha sido apelidado por nós de “fiel amigo”.
Um termo carinhoso que transmite bem a ideia do papel do bacalhau na alimentação dos portugueses.
“Os meus romances, no fundo, são franceses, como eu sou, em quase tudo, um francês – excepto num certo fundo sincero de tristeza lírica que é uma característica portuguesa, num gosto depravado pelo fadinho, e no justo amor do bacalhau de cebolada!”
Eça de Queiroz (carta a Oliveira Martins)