Apesar de ter sido erradicada, nunca se sabe se não teremos que voltar a ter que enfrentar algo semelhante. Oxalá que não.
A propósito deste assunto vou ser muito breve até para não ser muito exaustivo para com o leitor.
– A Pemphigus vitifoliae (insecto responsável pela Filoxera) foi identificado, supostamente, em 1854 nos Estados Unidos.
– Em 1868, Jules Planchon identifica, pela primeira vez, em França, esse mesmo insecto e, julgando estar a descobrir algo de novo, atribui-lhe o nome de Phylloxera vastatrix, sinónimo ainda hoje utilizado, por vezes na Europa e que deu origem ao termo Filoxera.
– Como chegou à Europa, o referido insecto, actualmente classificado como um hemíptero da família Phylloxeridae, as opiniõesw dividem-se:
-Através de plantas ornamentais;
– Através de videiras provenientes da América,
– Outras
Em Portugal, a praga teria sido “importada” de França.
Os prejuízos foram imensos há,inclusivamente, interessantes registos a esse respeito e, a solução encontrada para a resolução dessa terrível praga que estava a dizimar os vinhedos europeus foi, de facto, enxertar a videira europeia em cavalo americano. graças à enorme resistência desta espécie à Filoxera que ataca precisamente, a parte subterrânea das videiras. Ou seja, as raízes.
Portanto, a causa da Filoxera é um insecto muito específico e não a videira americana. Qual foi o primeiro hospedeiro desse insecto para a Europa, há dúvidas embora eu tivesse estudado que teriam sido plantas ornamentais e, numa pesquiza efectuada pela Internet, pelo menos um dos artigos defende essa hipótese. De qualquer forma, a praga não resulta, de facto, da videira americana, embora seja o seu principal hospedeiro. A videira americana foi, de facto a solução. Não a causa. Solução essa, que se mantém até aos dias de hoje. ´
Resumindo, a videira americana não é, efectivamente, a causa da Filoxera, mas a solução encontrada para ultrapassar essa praga.
Quando muito teria sido um dos hospedeiros. Portanto, atibuir-se à videira americana a causa da Filoxera, além de incorrecto é uma enorme injustiça para uma espécie vegetal que nos salvou da destruição dos nossos vinhedos.
Fonte e agradecimentos: Sr. Engº Duarte Lobo