Resenha histórica
Localizada na margem direita do rio
Cávado, é sede de Concelho e é nesta
qualidade que abraça as freguesias de
Barcelos “Santa Maria Maior”, de Vila Boa e
Arcozelo a Norte, Barcelinhos a Sul, Tamel
de S. Veríssimo a Nascente e Vila
Frescainha S. Martinho a Poente.
A proximidade do rio Cávado ditou a
história desta cidade que, desde a época
romana, era o ponto de atravessamento
preferido dos viandantes.
Passava por
aqui uma importante via que, segundo
Ferreira de Almeida, «seria uma estrada
que derivava da via Braga – Porto. (…)
cruzava o Cávado em Barcelos e,
continuando para noroeste, iria entroncar
na via per loca marítima».
A partir deste
local e para Norte, seguiria outra via em
direcção a Ponte de Lima.
A passagem
das gentes por estas vias e a proximidade
do rio viriam, ainda que a longo prazo, a
determinar o processo de fixação
humana.
Alguns vestígios encontrados promovem
a ideia de que na origem da cidade
estariam as vilas agrá¡rias e que esta teria
nascido da confluência de actividades
como a almocrevia e o comércio.
Aliás,
como consequência destas actividades,
em meados do século XIII, surge uma feira
que tornou Barcelos num palco de
atracções de uma vasta zona.
Os
almocreves dinamizavam Barcelos que
funcionava como um ponto estratégico
de ligação com cidades como Porto,
Braga, Viana do Castelo e Ponte de Lima.
A questão relativa à fixação das pessoas
tem vindo a suscitar inúmeras teorias que
tentam dar resposta à questão de
quando se iniciou este processo.
Apesar
da ausência de documentos escritos e
vestígios arqueológicos que atestem
com clareza uma data provável, o
Professor Ferreira de Almeida avança com
a ideia de que a fixação remonta à época
alti-medieval, com o nascimento da
nacionalidade, contrariando as teorias
que sugeriam um processo de ocupação
romana ou até mesmo anterior.
Quanto à extensão geográfica da cidade,
sabemos que a presença do rio e
possíveis subidas das águas empurraram
as populações para a zona nascente, que
oferecia melhores condições para uma
fixação permanente, além de que a sua
cota superior possibilitava um maior
domínio do território.
Do Foral de
Barcelos, concedido por D. Afonso
Henriques provavelmente entre 1156 e
1169 (sendo o mais remoto pergaminho
da freguesia), nada se consegue apurar
quanto à extensão do termo, no
entanto, tudo nos leva a crer que se
tratava de um povoado pequeno, mas
detentor de uma certa importância, já que
desde 1177 contava com uma gafaria –
instituição hospitalar para leprosos – à
entrada da vila, no local da Fonte de
Baixo, a qual atingiu o seu apogeu na
centária de trezentos.
Segundo o Tombo
de 1498, as terras pertencentes à gafaria
estendiam-se desde a «Facha (Ponte de
Lima), a norte, até S. Miguel das Marinhas,
junto ao mar, e Minhotães, a sul…».
As
Inquirições régias de 1220 referem-se a
Barcelos como uma Freguesia do Julgado
de Neiva, com o orago de Santa Maria
Maior, e as Inquirições de 1258 fornecem
algumas informações preciosas sobre a
vila à qual é já atribuído um núcleo
urbano, bastante arruado, com uma igreja
paroquial e o ougue, circundado por
arredores como os de Cimo de Vila, de
Fundo de Vila e do Vale.
Em 1258,
começava a desenhar-se a estrutura da
cidade, cuja mancha urbana se
concentrava na zona dos actuais largos
do Apoio e Dr. Martins Lima.
O principal
armamento seria o que ligava o ponto de
atravessamento do rio à via que se dirigia
a Ponte de Lima e Viana do Castelo.
O
Largo do Apoio ou do Poyo teria, assim,
sido o primeiro centro cívico da vila e,
apesar de não haver documentos que o
atestem, a casa do alcaide, localizada
nesse largo, actual casa dos Carmonas,
poderia ter sido a primeira sede da
administração local.
Refira-se ainda que,
na Inquirição de D. Afonso III, surgem já
nomes e locais ainda subsistentes, tais
como Pessegal, Casal de Niqui (que o
tempo se encarregou de transformar em
Casal de Nil) e outros já desaparecidos,
como Cimo de Vila e Barroco.
Aquando da passagem à condição de vila
condal, esta urbe já se encontrava bem
formada, nas suas linhas principais.
No
final do século XV, era já uma realidade na
urbe, o centro cívico com as sedes das
principais instituições, as principais
artérias estruturando o burgo intra-muros
e o campo da feira.
Relativamente ao carácter administrativo,
sabemos que Barcelos começou por ser
Vila Régia, em resultado da Carta de Foral
concedida por D. Afonso Henriques. Ao
permanecer sob a alçada real, Barcelos
ficaria sujeita a legislação e tributação
específicas. Esta condição de vila régia
seria alterada em 1298, no reinado de D.
Dinis, que num gesto de recompensa para
com o mordomo-mor e diplomata João
Afonso Telo de Meneses, Senhor de
Albuquerque, pelas diligências por este
efectuadas para a definição das fronteiras,
aquando do Tratado de Alcanices, o
nomeia Conde da Vila de Barcelos. Assim,
João Afonso passa a ser o primeiro conde
vitalício de Portugal, com direito de
transmissão dos poderes aos seus
descendentes. A passagem da condição
de Vila Régia a Vila Condal teria uma
influência crucial no evoluir da urbe que,
desde logo, se destacou das povoações
vizinhas, já que adquire um estatuto e
jurisdição autónomas. Está dado início a
um processo de contínua evolução da
Vila de Barcelos, que beneficiou, desde
então, do lugar de relevo que os seus
representantes – os condes – detinham
nas Cortes.
1° Conde de Barcelos – 1298 – Conde João
Afonso Teles de Meneses – Senhor de
Albuquerque.
3° Conde de Barcelos – D. Pedro (filho
bastardo de D. Dinis).
7° Conde de Barcelos – 1385 – D. Nuno
Alvares Pereira – Condestável do Reino.
8° Conde de Barcelos – 1401 – D. Afonso,
recebe o condado como dote de
casamento com D. Beatriz, filha de D.
Nuno Álvares Pereira.
9° Conde de Barcelos – D. Fernando I.
10° Conde de Barcelos – 1478 – D.
Fernando II.
12° Conde de Barcelos – 1532/1563 – D.
Teodísio.
No ano de 1640, Barcelos volta à
condição de Vila Régia, na sequência da
ascensão da família de Bragança à realeza,
obtendo das grandes privilégios, entre os
quais a concessão, por dois ou três anos,
de um imposto à real de água» destinado
à realização de obras, tais como a
renovação da Colegiada e do edifício da
Misericórdia, com o seu hospital e a
edificação do Mosteiro do Terço, da Igreja
da Ordem de S. Francisco e do Passeio
dos Assentos.
Em 1836, na sequência da vitória da
facção liberal, foi iniciada uma reforma
administrativa, que viria a dar um duro
golpe na extensão do enorme Concelho
de Barcelos e sua Comarca, que vêem
diminuir a influência que, desde há muito,
possuíam sobre outras áreas.
Relativamente ao topónimo, são indicadas
várias hipóteses como predecessoras do
nome “Barcelos”: as designações “Barca
coeli”, Barca do céu”, ou “Barca celani” .
Localizado em pleno coração do Minho,
com o Cávado como travessia, Barcelos
sempre assumiu uma posição estratégica
na comunicação entre o litoral e interior,
Portugal e Castela. Uma situação desde
sempre privilegiada, e que lhe valeu o
protagonismo na definição da fronteira
terrestre entre os dois reinos. Aliás,
graças ao empenho e à diplomacia de D.
João Afonso nas negociações do tratado
de Alcanises, D. Dinis constituiu-o “conde
donatário vitalício da vila de Barcelos”.
Decorria o ano de 1298, e aquela era a
primeira vez que, em Portugal, se atribuía
o título de conde com carácter vitalício e
funções públicas.
Nascia então em Barcelos o primeiro
condado português, depois de se ter
tornado vila régia pelas mãos de D.
Afonso Henriques e do seu primeiro foral.
Em 1442, D. Afonso, o 8.º conde de
Barcelos, viu D. Pedro acrescentar-lhe ao
título de Conde de Barcelos, o de
primeiro Duque de Bragança, aumentando
assim os privilégios da vila barcelense.
Lenda do Galo de Barcelos “Os Habitantes
do Burgo andavam alarmados com um
crime e, mais ainda, por não ter
descoberto o autor. Certo dia, apareceu
um Galego que se tornou de imediato
suspeito do dito crime, visto que ainda
não tinha sido encontrado o criminoso.
As autoridades condais resolveram
prênde-lo e, apesar dos seus juramentos
de inocência , ninguém o acreditou.
Ninguém julgava crível que o galego se
dirigisse para Santiago de Compostela em
cumprimento de uma promessa como era
tradição na época , e fosse devoto fiel de
S. Paulo e da Virgem Santíssima. Por isso
foi condenado à forca. Antes de ser
enforcado, pediu que o levassem à
presença do juiz que o havia condenado
a tal destino.
A autorização foi-lhe concedida, e
levaram-no à presença do dito
magistrado, que nesse momento se
deleitava e banqueteava com os amigos .
O galego reafirmou a sua inocência , e
perante a incredulidade dos presentes,
apontou para um galo assado que se
encontrava no centro de uma grande
mesa, exclamando «« É tão certo eu estar
inocente , como certo é esse galo cantar
quando me enforcarem »», perante
gargalhadas e risos, não se fizeram
esperar , mas pelo sim e pelo não,
ninguém tocou no galo. O que parecia
impossível aconteceu.
Quando o peregrino estava a ser
enforcado , o galo ergueu-se na mesa e
cantou ! Após tal acontecimento mais
ninguém duvidava da inocência do
Peregrino . O Juiz correu à forca e com
espanto vê o pobre homem de corda ao
pescoço, mas o nó lasso, impedindo o
estrangulamento. O homem foi
imediatamente solto e mandado em paz.
Volvidos alguns anos, voltou a Barcelos e
fez erguer um Monumento em Louvor à
Virgem e a Santiago…..”
PATRIMÓNIO
Paço dos Condes de Barcelos
O Paço dos Condes de Barcelos ou Paço
dos Duques de Bragança, situado em
Barcelos, Distrito de Braga, é um palácio
de estilo gótico estando actualmente em
ruínas.
Foi construído na primeira metade do
século XV por ordem de D. Afonso,
oitavo conde de Barcelos e primeiro
duque de Bragança.
Deste Paço, que era um castelo
apalaçado, restam pouco mais do que
algumas paredes e uma chaminé tubular.
A decadência deste Paço, iniciou-se em
finais do século XVIII.
Com quatro chaminés de grande altura,
este edifício era a construção mais rica de
Barcelos na época em que foi construído.
De notar que nas ruínas actuais já não é
visível a torre que se situava entre a
ponte e as chaminés. Terá sido bastante
danificada aquando do Terramoto de
1755 e caído definitivamente em 1801.
Em 1872, em face do estado ruinoso do
edifício, o município de Barcelos, mandou
demolir o que restava.
Essa demolição não chegou a
concretizar-se na totalidade, devido a
diversos protestos, mas o que restou já
não consegue dar-nos ideia da sua
grandeza inicial. (cerca de 32 metros por
16 metros).
Actualmente este Paço alberga o Museu
Arqueológico de Barcelos, que aí foi
instalado no início do século XX.
Foi classificado como Monumento
Nacional pelo decreto 16-06-1910, DG
136, de 23-06-1910.
Ruínas do Castelo de Faria
As Ruínas do Castro e Castelo de Faria
situam-se num promontório do Monte da
Franqueira, no concelho de Barcelos, bem
no verdejante norte de Portugal.
Este é um local habitado pelo Homem
desde remotos períodos, existindo
vestígios de ocupação desde o Período
Calcolítico (século III a II a.C.), tendo sido
habitado até à Idade Média. De facto, na
Idade Média, esta era das mais
importantes fortalezas situada entre
Douro e Minho.
Na década de 30 do século XX
começaram as campanhas de escavação e
investigação arqueológicas, retomadas
posteriormente na década de 80, que
denotaram a importância histórica do
conjunto patrimonial.
Assim, verificou-se ocupações também na
Idade do Bronze (3000 a 2000 a.C.),
encontrando-se vestígios cerâmicos e
fragmentos de machados de bronze na
zona da acrópole, onde se localizaria a
ocupação desta época.
Surgem vestígios Castrejos de cerca de
700 a.C., com estruturas em pedra, três
linhas de muralhas e habitações com
planta circular, existindo provavelmente já
nos séculos IV e V a.C. vestígios de
trocas comerciais mediterrânicas.
Posteriormente, o local foi habitado por
Romanos, com vestígios desde o século I
ao VI d.C..
Na Idade Medieval, torna-se num marco
defensivo, remontando as primeiras
origens do castelo aos séculos IX e X,
num aproveitamento das anteriores
estruturas, com a modernização que os
tempos conturbados da época
demandavam.
A partir do século XV o Castelo entra em
abandono, restando hoje em dia apenas
as Ruínas da poderosa fortaleza de
outrora.
O local onde se insere é quase inatingível
pela sua elevada altitude, na plataforma de
um monte e já no reinado de D. Afonso
Henriques era considerado inexpugnável.
Igreja Matriz de Barcelos
A sua construção iniciou-se entre 1325 e
1328, com D. Pedro, 3º conde de
Barcelos, estando as suas armas patentes
nas arquivoltas do portal principal.
O seu portal gótico contém ainda alguns
motivos decorativos ao gosto românico.
Foi o 9º conde, D. Fernando, que
conseguiu que o arcebispo de Braga
instituísse a Colegiada de Barcelos, em
1464.
Foi ampliada nos séculos XV, XVI e XVIII.
A frontaria, bastante transformada ao
longo dos séculos, resulta na sua parte
superior de um restauro do início deste
século, quando lhe foi acrescentada a
rosácea e a torre sineira.
O órgão, atribuído a Miguel Coelho,
remonta a 1727, assim como os azulejos
historiados que cobrem as paredes no
interior.
Merecem destaque, também, as imagens
de Nossa Senhora da Franqueira, obra
gótica do séc. XV, de Nossa Senhora em
pedra de ançã do séc. XIV e de Nossa
Senhora da Assunção do séc. XVIII.
Classificada como Monumento Nacional
por Decreto Nº 14425 de 15-10-1927.
Igreja do Bom Jesus da Cruz
A igreja do Igreja do Bom Jesus da Cruz
fica localizada na cidade de Barcelos em
Portugal. A sua origem está ligada ao
aparecimento miraculoso de uma Cruz de
terra negra no chão barrento do Campo
da Feira, em 1504.
A sua origem está relacionada com o
aparecimento miraculoso de uma Cruz de
terra negra no chão barrento do Campo
da Feira em Dezembro de 1504. Neste
local construiu-se em 1505 uma capela,
com uma imagem do Senhor da Cruz, que
um rico comerciante trouxera da
Flandres.
O templo actual abriu ao culto em 1710. É
um edifício de cúpula e planta centrada
com o espaço interior disposto em cruz
latina, da autoria do Arquitecto João
Antunes. O exterior mostra um jogo
entre planos e redondos e entre o
granito e a cal branca.
No interior temos azulejos azuis e
brancos da mesma época, com cenas da
Via Sacra e motivos vegetais (da autoria
de João Neto), e talha dourada
(essencialmente da autoria do escultor e
entalhador barcelense Miguel Coelho).
A imagem do Senhor Bom Jesus da Cruz é
uma escultura quase em tamanho natural,
em madeira de carvalho, uma
extraordinária obra de arte flamenga, dos
inícios de quinhentos.
Só o rosto e as mãos estão pintadas. A
sua devoção está relacionada com as
actividades marítimas, que se
desenvolveu nos finais do séc. XV.
Em torno deste santuário que
organiza-se as maiores festas do
concelho – Festas das Cruzes
Ponte Medieval sobre o Cávado
A ponte medieval de Barcelos, lançada
sobre o Rio Cávado, é um belo exemplar
da engenharia de pontes do Norte de
Portugal, ao mesmo tempo que se
revelou uma obra fundamental para a
criação de novos eixos viários nesta
cidade minhota, reforçando ainda a
vocação de terra comercial que lhe era
conferida pela sua prestigiada e
concorrida feira.
Por outro lado, a colina da cidade que
confina com a margem do rio e a ponte
desenvolveu-se substancialmente, sendo
aí edificadas grandes artérias e obras
públicas e privadas, que alteraram,
decisivamente, a fisionomia urbana de
Barcelos.
De acordo com os dados fornecidos por
documentação coeva, as obras desta
ponte tiveram início no ano de 1325.
Provavelmente encontrava-se concluída
no ano de 1328, dado que nessa data foi
instituída a Capela de Santa Maria da
Ponte, próxima da entrada sul da mesma,
o que só fazia sentido se esta via de
comunicação estivesse já em
funcionamento.
Em termos esquemáticos, a ponte de
Barcelos é formada por seis arcos
desiguais, sendo de maiores dimensões e
mais elevados os que se encontram
implantados no centro do leito do
Cávado. Estes vãos apresentam-se sob a
forma de arco quebrado e são
compostos por aduelas de cantaria em
granito, algumas delas apresentando-se
sigladas com caracteres góticos. A
montante, os pilares dos arcos são
reforçados por grandes talha-mares,
enquanto contrafortes quadrangulares se
contrapõem a jusante.
Para vencer as graníticas e escarpadas
margens, bem assim como a forte
corrente do Rio Cávado, o construtor
desta ponte minhota socorreu-se de uma
solução construtiva ainda com marcadas
características do românico. Contudo, o
seu desenho formal evidencia a adopção
tipológica da arte gótica da primeira
metade do século XIV – ao tempo de D.
Pedro, conde de Barcelos e filho ilegítimo
do rei D. Dinis.
Torre da Porta Nova
A Muralha de Barcelos, da qual nos restou
a chamada Torre de Barcelos (Postigo da
Muralha ou Torre do Cimo da Vila),
localiza-se na cidade, freguesia e
concelho de mesmo nome, no Distrito de
Braga, em Portugal.
Ponto de passagem obrigatório para
quem fazia o trajecto norte-sul, a
construção de uma ponte de pedra na
primeira metade do século XIV aumentou
a prosperidade da vila de Barcelos, que
não conheceu um castelo propriamente
dito.
Embora a primitiva ocupação humana do
local, sobranceiro ao rio Cávado, seja
desconhecida, ela é geralmente atribuída
ao contexto da Invasão romana da
Península Ibérica, não tendo ficado alheia
às invasões posteriores, de Visigodos e
de Muçulmanos.
À época da Reconquista cristã da
península, a povoação foi conquistada
pelos primeiros reis de Leão.
Encontra-se mencionada ao tempo do rei
D. Afonso Henriques (1112-1185) como
“minha vila”, em diploma sem data,
atribuível a um período entre 1156 e
1169, pelo qual o soberano concedeu
aos seus moradores, presentes ou
futuros, foral análogo ao de Braga.
Posteriormente, nas Inquirições de 1220
e de 1226, é designada como “Santa
Maria de Barcelos”, pertencendo ao
julgado de Neiva.
A povoação cresceu a ponto de, em
1298, D. Dinis (1279-1325) nela instituir a
sede de um condado, que, desde o 1º
conde de Barcelos, D. João Afonso de
Meneses, se manteve nesta família até ao
tempo do 6º conde, também D. João
Afonso, o qual, durante a crise de
1383-1385, seguiu o partido da Infanta D.
Beatriz e de seu marido, João I de Castela,
contra o partido do Mestre de Avis, vindo
a falecer na batalha de Aljubarrota.
O novo soberano, agraciou com esse
título o Condestável D. Nuno Álvares
Pereira, que, mais tarde, o transferiu para
o genro, D. Afonso, filho bastardo de D.
João I, 8º conde de Barcelos, depois 1º
duque de Bragança. Este, mudando-se de
Chaves para Barcelos, iniciou, por volta de
1412, a edificação do Palácio dos Duques
com a modificação da cerca da povoação
(em progresso anteriormente a 1406) e a
Igreja Matriz.
O concelho de Barcelos encerra em si
mesmo um manancial de potencial e
oportunidades turísticas. Marcado
profundamente pela história que advém
da própria história e fundação de
Portugal, Barcelos é um concelho que
vale a pena visitar.
Nesta aplicação poderá começar desde já
a planear a sua visita a Barcelos, visitando
virtualmente. Aqui encontrará toda a
oferta turística do concelho desde o
património arquitectónico e arqueológico,
a oferta de alojamento, os locais de
diversão, passando pelos equipamentos
de apoio à actividade turística, os
Caminhos de Santiago, as termas, etc.
Também estarão latentes alguns
percursos propostos pela Autarquia para
assim aproveitar ao máximo a sua visita.
Breve cronologia
1140 d.C. – A história de Barcelos começa
a ganhar relevo a partir do século XII,
quando D. Afonso Henriques lhe dá a
carta-foral em 1140, mais tarde confirmada
por Afonso II. D. Dinis transforma-a no
primeiro condado português, elevado a
ducado por D. Sebastião e …A história de
Barcelos começa a ganhar relevo a partir
do século XII, quando D. Afonso
Henriques lhe dá a carta-foral em 1140,
mais tarde confirmada por Afonso II. D.
Dinis transforma-a no primeiro condado
português, elevado a ducado por D.
Sebastião e ficando a pertencer à Casa de
Bragança. Barcelos torna-se um
importante centro da região e sede
administrativa, conhecendo um período
de grande alteração da sua fisionomia
arquitectónica
1298 – Barcelos é uma cidade antiga,
situada num local com vestígios
arqueológicos desde a Pré-História, mas
foi no séc. XII que sua história começou,
primeiro quando D. Afonso Henriques lhe
concedeu foral ea tornou vila e depois
quando D. Dinis, em 1298, quis
…Atravessando a antiga ponte sobre o
Rio Cávado, entramos numa das
localidades mais emblemáticas da arte
popular minhota, Barcelos. Barcelos é
uma cidade antiga, situada num local com
vestígios arqueológicos desde a
Pré-História, mas foi no séc. XII que sua
história começou, primeiro quando D.
Afonso Henriques lhe concedeu foral ea
tornou vila e depois quando D. Dinis, em
1298, quis compensar o seu
mordomo-mor João Afonso eo tornou
conde, doando-lhe a povoação em título
1464 – A história de Barcelos,
propriamente dita, é muito curta. Em 1464
foi instituída a Colegiada de Barcelos, pelo
arcebispo D. Fernando da Guerra, por
diligências iniciadas pelo Conde D.Afonso
e obtidas já em tempo do Conde
D.Fernando I. Desde aí, a população …A
história de Barcelos, propriamente dita, é
muito curta. Em 1464 foi instituída a
Colegiada de Barcelos, pelo arcebispo D.
Fernando da Guerra, por diligências
iniciadas pelo Conde D.Afonso e obtidas
já em tempo do Conde D.Fernando I.
Desde aí, a população foi-se acumulando
até àquilo que hoje forma o aglomerado.
FONTE: CM Barcelos