Ao fazer um pedido de fornecimento de amostras à Quinta das Marias, neste caso ao senhor Peter Victor Eckert, foi-me lançado um desafio ainda melhor.
Além de divulgar a novidade que é o Quinta das Marias Encruzado Branco 2013, provar a longevidade dos vinhos do Dão brancos feitos em mono-varietal de Encruzado, fazendo-me então chegar também as colheitas de 2012 e 2011. Fiquei assim com uma mini prova varietal.
E digo mini, porque logo pela evolução da 2011, em que a variação de côr em relação a 2013 foi mínima. Para avaliar essa evolução, tenho uma montagem numa caixa branca por dentro e uma lâmpada florescente.
Neste aspeto conhecimento e know-how emprestado pelo Engº António Narciso revelam um profundo conhecimento da casta. Que para alguns não dura mais que 1-2 anos em garrafa. Totalmente falso. No caso do Quinta das Marias posso afirmar com grande certeza, que o vinho tem capacidade de resistir em garrafa pelo menos 10 anos!
Numa fase posterior e como é habitual, lançarei as notas de prova das referências aqui indicadas, que virão com a descrição, classificação atribuída e uma sugestão gastronómica.
Contudo deixarei aqui umas breves notas em relação a cada referência indicada.
Quinta das Marias Encruzado Branco 2013: De côr amarelo cítrica, com aromas sugestivos de fragâncias tropicais, excelente mineralidade e algum vegetal. Na boca têm excelente frescura, fruto duma perfeita acidez, muito frutado, untoso e que dizer dum branco quase perfeito? Quase nada lhe falta. Como final termina interminável, a pedir mais um pouco no copo. Um grande encruzado! Excelente para peixes magros, na grelha e delicados.
Quinta das Marias Encruzado Branco 2012: Continua com cor amarela suave, com pouquíssima evolução. No nariz e futo de 2012 ter sido mais fresco em fase de maturação, nota-se alguma geleia, mais notas cítricas, mas ainda com tropicalidade, bom mineral e excelente vegetal. Na boca continua muito frutado, no copo a glicerina escorre lentamente, muito fresco e até mastigável na boca. Também igualmente enorme final. Por comparação de acompanhamento, pede um prato suave, mas mais composto. Como por exemplo pratos de atum.
Quinta das Marias Encruzado Branco 2011: Cor amarela aparecendo um levíssimo dourado suave. No nariz continua cítrico, mais tipo maçã cozida, algum alperce e maracujá. Na boca é um vinho que forma uma excelente mousse, mais uma vez untoso, muito fresco e de grande categoria. Temos Encruzado para muitos e bons anos. Assim alguém resista sem bebê-lo. No final, diria ao leitor que, não sei quando acaba tanto sabor. Fica bem na memória de quem prova. A isto chama-se privilégio!
2 Comentários
Mauricio Ciciarelli
10 anos atrásGostaria de comprar este vinho. Estive agora em Portugal e tive a oportunidade de exprimentar esta delicia.