Em diversas regiões se discute e mesmo o próprio produtor na elaboração de lotes de confronta com o dilema.
O vinho irá envelhecer em madeira ou não ? Que perfil se pretende obter?
Sendo um aroma terciário sob ponto de vista olfativo, é um dos componentes que se deteta nos sentidos sob forma de notas tostadas e fumadas.
Falemos da utilização de barricas de carvalho nos processos de produção entre a fermentação e estágio.
Podem utilizar-se diversas madeiras para o efeito: acácia, faia, choupo, carvalho, nogueira, castanheiro ou cerejeira.
Os aromas mais apreciados são os transmitidos pelas madeiras de Carvalho ou Nogueira.
Razões pela preferência da Madeira de Carvalho.
- contribui com aromas mais interessantes e ao gosto da maioria dos consumidores;
- Melhor maleabilidade o que eleva e vai ao encontro das exigências técnicas do tanoeiro.
- A nogueira, contudo, é susceptível ao caruncho, e é raramente usado hoje em dia.
Espécies de Carvalho mais utilizadas:
- Carvalho Séssil (Quercus Petraea ou Quercus Sessiliflora);
- Carvalho pedunculado (Quercus Robur ou Quercus pedunculata);
- Carvalho branco americano (Quercus Alba).
De assinalar que existem mais de 250 espécies.
Algumas análises feitas à composição da madeira mostraram que o carvalho séssil é mais rico em substâncias aromáticas, como a vanilina e a metiloctalactona, ao passo que o carvalho pedunculado, contem principalmente componentes fenólicos, como os taninos.
Dependendo do vinho que se pretende obter (branco ou tinto, com potencial de envelhecimento de médio ou longo prazo, etc.) escolhe-se um carvalho de uma espécie ou de uma origem particular. Todavia não existem regras e cabe ao produtor combinar a sua própria experiência com o conselho do tanoeiro.
O grau de chouffe (tosta) a que as pipas são submetidas têm também influência nos aromas transmitidos ao vinho na fase de maturação.
No próximo apontamento iremos falar das diferenças entre Carvalho Americano e Carvalho Francês.