Os vinhos de Denominação de Origem da Sub Região da Vidigueira

Os vinhos de Denominação de Origem da Sub Região da Vidigueira, constituem-se na Região do Alentejo.

Numa altura em que se fala em vinhos de talha, e dada a abundância de barro vermelho e pardo por estas paragens, viemos ter ao local certo !


O terroir

A falha da Vidigueira, um acidente natural que marca a divisão entre o Alto e o Baixo Alentejo, determina a razão de ser da Vidigueira, a sub-região mais a Sul do Alentejo.

As escarpas de orientação Este-Oeste, com cerca de 50 quilómetros de comprimento, condicionam o clima da Vidigueira.

Convertendo e condicionando, apesar da localização tão a Sul, numa das sub-regiões com o clima mais temperado do Alentejo.

extensos vinhedos na Vidigueira

extensos vinhedos na Vidigueira


Clima e solos

Para entendermos Os vinhos de Denominação de Origem da Sub Região da Vidigueira, temos estes dois importantes fatores.

  • O clima é mediterrâneo interior, com pluviosidade muito reduzida ao longo do ano e no verão as temperaturas são acima dos 35ºC.
  • Os solos pouco produtivos, são na maioria de origem granítica e xistosa.

Escondem uma das variedades mais misteriosas do Alentejo, a Tinta Grossa que alguns apontam como heterónimo para a casta Tinta Barroca.

casta Tinta Barroca (barroca de barro)

casta Tinta Barroca (barroca de barro)

Apesar dos extremos e da localização tão a Sul, durante anos a Vidigueira foi palco privilegiado para os vinhos brancos do Alentejo, fruto da protecção da escarpa da Vidigueira.

Aqui a casta rainha é a Antão Vaz.

Os afamados brancos da Vidigueira têm sempre esta casta em composição

Os afamados brancos da Vidigueira têm sempre esta casta em composição


DOC “Alentejo – Vidigueira”

Os vinhos de Denominação de Origem da Sub Região da Vidigueira obdecem a uma legislação registada no IVV.

Decreto Lei n.º 53/2003, de 27 de Março, e Reg. (CE) 1493/99, de 17 de Maio.

Área Geográfica: Os concelhos de Alvito, Cuba e Vidigueira.

Todos os vinhos nesta área poderão ter Denominação de Origem Controlada; opção dos viticultores.

Fora das sub regiões, apenas poderão mesmo ser IGP ou Regional Alentejano.

O dabrolhar duma cepa de Antão Vaz na Vidsigueira

O dabrolhar duma cepa de Antão Vaz na Vidsigueira


As castas

  • Castas Tintas
    Alfrocheiro, Aragonez (Tinta Roriz), Castelão (Periquita1), Grossa, Moreto e Trincadeira (Tinta Amarela), no conjunto ou separadamente com um mínimo de 75%, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon e Tinta Caiada.
  • Castas Brancas
    Antão Vaz, Arinto (Pedernã), Fernão Pires (Maria Gomes), Perrum, Rabo de Ovelha e Síria (Roupeiro), no conjunto ou separadamente com um mínimo de 75%, Alicante Branco, Diagalves, Larião, Manteúdo, Mourisco Branco e Trincadeira das Pratas.

Características Organolépticas

  • Vinhos Tintos
    De cor rubi ou granada, aromas intensos a frutos vermelhos bem maduros, macios, ligeiramente adstringentes, equilibrados e com estrutura. Adquirem complexidade com a idade.
  • Vinhos Brancos
    Vinhos aromáticos, frescos, harmoniosos e por vezes complexos em resultado da associação de castas.

Enchendo uma Talha

Enchendo uma Talha para maceração


Enologo da da Herdade do Rocim Pedro Ribeiro

Enologo da da Herdade do Rocim Pedro Ribeiro, junto às talhas que nos proporcionam vinhos divinais !!!


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A História do Vinho de Talha


E agora, procure vinhos da zona da Vidigueira e sinta todo o perfume da sua tradição milenar.