Um Preventor de doenças!
O vinho tinto tem sido recorrentemente associado a diversas propriedades benéficas para a saúde humana como a prevenção de doenças cardiovasculares, doenças neurodegenerativas (Alzheimer e Parkinson), diabetes, osteoporose, e alguns cancros (e. g. cancro do esófago).
Já em 1979 um inquérito realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentava o seguinte resultado: “Nas populações que fazem do vinho a sua bebida tradicional, os dados estatísticos revelam uma diminuição da mortalidade por acidentes cardiovasculares e um prolongamento da esperança de vida…”.
Em terapias
Hoje em dia, os polifenois presentes no vinho são igualmente responsáveis pelo surgimento de novas tendências terapêuticas como é o caso da vinoterapia.
Os polifenois são compostos antioxidantes.
Um antioxidante é qualquer substância que, quando presente em baixas concentrações comparada com o substrato oxidável, evita ou retarda significativamente a oxidação desse substrato, e que após oxidação deve ser suficientemente estável de forma a não desencadear novas reacções de oxidação.
Processos anti-oxidantes
As propriedades antioxidantes dos polifenóis advêm essencialmente da sua capacidade de quelatação de metais de transição, “scavenging” de radicais livres, inibição enzimática e ainda a activação de proteínas de defesa / destoxificadoras.
Scavening
Quelatação
Beber com moderação
No entanto, convém referir que o consumo de vinho tinto deve ser moderado na medida em que um dos seus constituintes é extremamente tóxico: o etanol.
Apesar da sua toxicidade, alguns estudos já demonstraram algumas funções importantes desempenhadas pelo etanol no que diz respeito a propriedades biológicas.
Estas funções não são exercidas de uma forma directa mas indirectamente, nomeadamente na actuação como solvente dos polifenois presentes nos vinhos e que desempenham directamente as funções biológicas.
Por outro lado, o etanol pode ajudar a biodisponibilidade dos polifenois in vivo após a sua ingestão.
Aliás, o conceito de biodisponibilidade é extremamente importante quando se pretende avaliar o efeito de determinada molécula in vivo.
A biodisponibilidade diz respeito à proporção de nutriente/xenobiótico que é digerido, absorvido e metabolizado/biotransformado através das vias normais.
É importante saber qual a quantidade do composto que está presente num alimento, mas é ainda mais importante saber quanto dessa quantidade está biodisponível.
Uma vez absorvidos, os polifenois podem ter diferentes destinos no organismo, conforme ilustrado na figura.