O grupo Cegos Por Provas foi recebido no passado dia 06/05 nas caves da centenária Ramos Pinto, no cais de Gaia.
As provas foram precedidas duma interessantíssima visita ao museu, que encerra curiosidades histórias de outros tempos, como a do início do marketing agressivo à lá Adriano Ramos Pinto ou a da primeira garrafa a atravessar o Atlântico Sul a bordo de um avião. A receção teve lugar no salão de visitas, tendo como anfitrião o enólogo João Nicolau de Almeida.
Ao todo foram provados 17 vinhos, entre brancos e tintos, colheitas e reservas por mais de 30 provadores pertencentes a este grupo; o deleite foi o sentimento geral no fim de tudo! Provas que contam 25 anos de história!
É difícil, perante tantos e tão fantásticos vinhos, destacar alguns, pelo que se irão aqui referir aqueles que quase levaram ao céu os degustadores:
-> O Branco Reserva 2000 estava enorme no nariz, muito complexo, com a madeira integradíssima e alguma compota; na boca, muito elegante, fruta cozida, mas fresco, ainda com madeira, mas suave; largo e com um final equilibrado e delicado.
-> Nos tintos, os Reserva 1994 e 1997 foram unânimes;o primeiro, o ‘94, tem um nariz a revelar um equilíbrio perfeito entra a fruta e a madeira; na boca, a elegância e o equilíbrio aliados ao volume e ao final persistente, elevam este exemplar aos píncaros do universo vínico. Depois deste, seria, obviamente, impossível melhorar, certo? Errado. O ’97 está numa forma impressionante! O nariz é muito especiado, com pimenta e cacau, estando ainda a fruta bastante presente; na boca revela-se… um monstro!, com chocolate, fruta preta, um vigor, um volume e um final de boca. Foi o grande vinho do painel!