A meio do meu percurso pela Rota dos Vinhos de Lisboa e durante a 32ª Feira de Vinhos do Bombarral surgiu a ocasião de conversar um pouco com o Presidente da CVR de Lisboa. Antes de mais olhemos de forma sucinta um pouco do seu percurso de vida ligada ao mundo do vinho português que conta com quase meio século!
Durante a sua direção, algumas melhorias foram realizadas no sentido de uma melhor promoção dos Vinhos de Lisboa. Conforme o próprio salienta, todo o trabalho é fruto da conjugação de esforços duma vasta equipa quer técnicos de campo, provadores, o Engº António Ventura, e muito staff quase invisível, mas indispensável para a recuperação que foi encetada no sentido de colocar os Vinhos de Lisboa (antes Estremadura) numa posição de dignidade no panorama vínico nacional.
Uma das situações mais salientes passou pelo facto de ter visto claramente a necessidade de certificação e harmonização dos vinhos ditos correntes, quer em bag-in-box quer alguns antes denominados vinhos de mesa sob denominação IVV. Basta percorrer as prateleiras, ou ir ao produtor e verificar o Selo de Garantia IG/Regional de Lisboa patente em cada bag-in-box ou engarrafado. Com este passo conseguiu credibilizar-se e até tirar da obscuridade DOC’s difíceis ensombrados por passados que os conduziram a correntes de má fama.
De todos os Vinhos de Lisboa, realce-se o conceito de Vinho Leve de Lisboa, que sob a presidência do Dr. Vasco d’Avillez em conjunto com a sua vasta equipa, se tornou possível além da certificação, a imposição legal para esta denominação fosse esclusiva da revião.
Afinal de contas, praticamente todos os produtores produzem este estilo tão característico da região e mais uma vez, de enaltecer o esforço geral, em conjunto com a CVR de Lisboa, enólogos e técnicos no sentido de caminharem para a certificação. Hoje encontramos o Vinho Leve Regional de Lisboa praticamente todo com selo de garantia!
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Para finalizar, o esforço que a CVR efetuou no sentido de manter as Adegas Cooperativas existentes na região. Aliás, é a que maior número tem em todas as regiões de Portugal inteiro. Mantiveram-se as que foram capazes, quer de se modernizar, quer de entender as necessidades do mercado e por conseguinte credibilizar os seus produtos, colocando técnicos de campo e enólogos no sentido de principalmente auxiliar quer na condução das vinhas, quer no posterior processo de vindima e transformação.
Bem haja Dr. Vasco d’Avillez por meio século de contributo ao Vinho Português! à nossa!