PATROCÍNIOS
Na minha visita à Quinta da Cortezia, vim deparar-me com verdadeiras histórias para ouvir, e um excelente balão de ensaio de viticultura.
À minha espera, estava o responsável, Sr. Eng. Miguel Reis Catarino, a quem agradeço o ter-me recebido e mostrado o que nem sempre os roteiros revelam.
Trabalho árduo, intenso, vindimava-se a casta arinto, com fruta muito saudável e de grande qualidade!
De referir que nos leilões de raridades, as garrafas de Quinta da Cortezia são das que atingem valores maiores.
Outrora teve muita vida, atualmente e com reestruturações de alguns processos e tecnologia, está nos planos ter sangue novo, nos descendentes do meu interlocutor, o voltarem à ribalta e posição de destaque que merecem.
As vinhas são exemplarmente tratadas, e estando em ano de míldio, apesar de tudo as perdas foram mínimas. Excelente arinto como referi, Fernão Pires com boa maturação; no caso das tintas vi uma castelão vigorosa, uma tinta roriz bastante doce e plena de acidez e a Touriga Nacional, cheia de promessa de intensidade a emprestar aos néctares que daqui sairão.
A história mora aqui! São já 6 gerações que de legado em legado, recebem este bem precioso que são 60 hectares de vinha, tratadas com todo o rigor e empenho.
Muita da vinha foi replantada nos últimos 15 anos, com muitas exceções. Destaque para a mancha de Castelão, que cá está desde 1991. Vinhas velhas mas como se pode ver nas fotos, com cachos muito vigorosos e plenos de sumo e untosidade.
A arquitetura dos edifícios datam de entre o fim do Séc. XVI e início do Séc. XVII, com relevo para um magnífico portão de ferro forjado e trabalhado por artífices de proa.
A marca Quinta da Cortezia já teve vinhos da mais alta qualidade estagiado em barricas de carvalho novo francês e estiveram presentes nas cartas de vinhos de alguns dos melhores restaurantes do mundo, como por exemplo o Alain Ducasse até ao The Essex House em New York.